A Adidas apresentou, na manhã desta quinta-feira (6), um prejuízo líquido de 295 milhões de euros (cerca de R$ 1,87 bilhão) referente ao segundo trimestre deste ano. No mesmo período do ano passado, o lucro havia sido de 531 milhões de euros (cerca de R$ 3,36 bilhões).
A segunda maior fabricante de equipamentos esportivos, atrás apenas da Nike (NYSE: NKE), viu seu faturamento recuar 35% no período de abril a junho. Segundo a Adidas, o bom desempenho das vendas on-line não foi capaz de compensar as perdas com o fechamento temporário de 70% das unidades físicas em todo o mundo, em função dos impactos da pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
Com a parcial reabertura das lojas, a companhia alemã espera que a receita volta a apresentar bons números, junto à continuidade das fortes vendas on-line. Em abril e maio, as vendas on-line avançaram a uma taxa de três dígitos e permaneceram consistentes, mesmo com a reabertura das lojas, estimuladas pelo aumento dos investimentos em produtos de marketing on-line e na cadeia de suprimentos da empresa.
De acordo com o balanço da empresa, a queda mais acentuada nas vendas ocorreu na América Latina e mercados emergentes, com uma baixa de mais de 60%. As vendas na América do Norte e na Europa recuaram 38% e 40%, respectivamente. Na China continental, seu maior mercado individual, por sua vez, as vendas ficaram estáveis.
Segundo a companhia, a receitas começaram a reagir já no fim do segundo trimestre, entre maio e junho. Naquele período, 83% das lojas físicas já estavam operando, embora com horário de funcionamento reduzido.
“Agora estamos vendo a luz no fim do túnel”, afirmou o executivo-chefe Kasper Rorsted, que foi reeleito para ocupar o cargo por mais cinco anos, até 31 de julho de 2026, nesta semana.
A Adidas informou que espera que as vendas apresentem uma substancial melhora no terceiro trimestre, mas ainda tenham uma queda de 0,5% a 1% em relação ao mesmo período de 2019. A estimativa de lucro operacional para o período de julho a setembro é de 600 milhões de euros a 700 milhões de euros, voltando ao azul.