O presidente do Uruguai, Luis Alberto Lacalle Pou, escreveu nesta segunda-feira (31) em sua conta oficial no Twitter que o acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia (UE) continua a avançar, porém não na velocidade esperada.
“Minutos atrás, falei com a chanceler alemã, Angela Merkel. O acordo está avançando, embora não com a velocidade esperada”, afirmou o presidente do Uruguai. “Questões ambientais e processuais (além da pandemia) ainda precisam ser resolvidas. Concordamos em acompanhar nossas equipes e avaliar os resultados”, escreveu Lacalle Pou.
Hace minutos conversé con la Canciller Alemana, Angela Merkel.
El acuerdo avanza aunque no con la velocidad esperada. Temas ambientales y de procedimiento (además de la pandemia) quedan por resolver. Convenimos en hacer un seguimiento con nuestros equipos y evaluar resultados. pic.twitter.com/fvhOBbIno7— Luis Lacalle Pou (@LuisLacallePou) August 31, 2020
Os dois blocos assinaram no ano passado o acordo de livre-comércio entre os países membros, no entanto a validação do tratado ainda depende de uma ratificação de todas as nações envolvidas. Desde 1º de julho a chanceler alemã está a frente da presidência semestral do Conselho da União Europeia.
As negociações para o acordo entre o Mercosul e a UE tiveram início há quase 20 anos, com diversos governos envolvidos nas conversas. Os diálogos, contudo, foram intensificados depois da eleição do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, quando os europeus suspenderam negociações com o governo norte-americano e se voltaram para outros aliados comerciais.
Acordo Mercosul-UE parece estar “fazendo água”, diz Mourão
Em contraste com a fala do presidente do país vizinho, o vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, afirmou na última semana que a articulação para o acordo entre os dois blocos parecida estar “fazendo água”.
O militar da reserva salientou que é importante mostrar para os países europeus que o Brasil se preocupa com as questões de meio ambiente. A postura do governo do presidente Jair Bolsonaro no combate ao desmatamento na Amazônia tem sido apontada por movimentos políticos ambientais europeus como uma das razões pelas quais a Europa ainda resiste à assinar o acordo junto ao Mercosul.
Notícias Relacionadas