Negociado desde o último ano, o acordo de livre comércio entre Canadá e Mercosul deverá receber novas regras, como igualdade de gênero, preservação do meio ambiente e boas condições de trabalho.
De acordo com a Folha de S.Paulo, a posição do governo de Jair Bolsonaro ainda é uma incógnita em relação as novas cláusulas. Entretanto, o Brasil é o líder informal do Mercosul nas tratativas.
“É uma novidade em acordos comerciais que reflete a forma de atuação e as preocupações canadenses atuais”, disse Paulo de Castro Reis, diretor de relações institucionais da Câmara de Comércio Brasil-Canadá.
Em 2010, o Canadá demonstrou interesse em negociar com o Mercosul um acordo de livre comércio. Entretanto, apenas em maio de 2016, as conversas foram retomadas sobre um possível acordo comercial que não ocorriam desde 2012.
Em janeiro de 2017, o governo nacional recebeu o negociador-chefe canadense, David Usher, onde foram discutidos interesses em temas referentes à:
- Bens;
- Serviços;
- Compras governamentais;
- Regras de origem;
- Barreiras técnicas ao comércio (TBT);
- Medidas sanitárias e fitossanitárias (SPS);
- Propriedade intelectual;
- Meio ambiente;
- Legislação trabalhista;
- Concorrência;
- Estatais.
Além disso, em abril e julho do mesmo ano foram realizadas reuniões técnicas entre o bloco sul-americano e o Canadá.
Em novembro de 2018, chegou ao fim o Panorama do Processo Exploratório entre Canadá e Mercosul. Esse Panorama, estabelece parâmetros para negociações dos grupos técnicos e também serve de base para liberação de negociações entre as partes.