Ações da Taesa (TAEE11) voltam a cair nesta semana; o que está acontecendo?

As units da Taesa (TAEE11) terminaram o pregão de hoje (15) em baixa de 0,25%, a R$ 35,33. A performance acumulada das ações nesta semana foi ligeiramente negativa em 0,14%.

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As ações da Taesa dão continuidade à sua tendência de queda observada desde dezembro de 2023, embora tenham se recuperado parcialmente na última semana.

As ações TAEE11 tiveram ganhos de 1,09% na semana anterior, após completar 9 semanas seguidas de perdas, e agora voltam a operar no campo negativo. A cotação máxima semanal foi de R$ 35,62, enquanto a mínima chegou a R$ 35,16.

A performance acumulada dos papéis em março é ligeiramente negativa em 0,20%, seguindo a baixa de 4,04% vista em fevereiro e de 2,20% em janeiro. Levando-se em conta o preço da ação na Bolsa de Valores até o encerramento de 2023, de R$ 37,72, o desempenho acumulado em 2024 é de -6,3% até agora.

Já as ações TAEE3, que são os papéis ordinários da companhia elétrica, ficaram no zero a zero hoje (15) e recuaram 0,09% nesta semana. Enquanto isso, as ações preferenciais, negociadas com o ticker TAEE4, apresentaram baixa de 0,17% no pregão e de 0,08% no contexto semanal.

Dividendos da Taesa vão cair?

Depois da divulgação dos últimos resultados trimestrais da Taesa, e também em razão das sinalizações recentes da elétrica, o mercado passou a ficar mais cauteloso sobre as ações da empresa e está estimando uma baixa no nível de proventos a serem distribuídos aos investidores.

De acordo com o portal Status Invest, os dividendos da Taesa correspondem a um dividend yield (DY) de 6,3%, visto que foram distribuídos R$ 2,24 por unit no intervalo de 1 ano.

A estimativa do BTG Pactual, cuja recomendação é de venda para as ações TAEE11, é de que o yield da empresa deva recuar para 4,8% em 2024.

A expectativa é de que a empresa deva continuar sofrendo pressões em relação ao seu nível de alavancagem e do seu custo de capital em novos projetos. A Taesa é atualmente a empresa com maior alavancagem dentre os pares (com uma relação Dívida Líquida/Ebtida de 3,7 vezes).

Para o Itaú BBA, uma das razões para a estimativa de dividendos menores em 2025 é justamente a alavancagem da Taesa.

“Esperamos que a alavancagem da Taesa permaneça alta nos próximos anos (4x Dívida Líquida/Ebitda), dada a grande quantidade de capex a ser implementada para os projetos em construção”, afirma o Itaú BBA, que recomenda a venda dos papéis, estabelecendo um preço-alvo de R$ 35,95.

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João Vitor Jacintho

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