A Saudi Aramco, petrolífera estatal, estreou na Bolsa de Valores da Arábia Saudita com uma alta de 10% em suas ações. Os papéis saíram de 32 riais sauditas, o equivalente a R$ 35,21, para 35,2 riais.
Em um evento em Riad, na capital do país, as autoridades políticas e executivos da companhia se reuniram para tocar a campainha da bolsa e iniciar as negociações dos papéis. As ações da Saudi Aramco atingiram o máximo de valorização em apenas um dia permitido pelo mercado de capitais local.
O governo saudita, controlador da companhia, não conseguiu atrair investidores suficientes, sobretudo os estrangeiros, para arrecadar US$ 100 bilhões por 1,5% da empresa. A estimativa era que a Saudi Aramco atingisse um valuation de US$ 1,7 trilhão, no entanto, com o preço fixado na oferta pública inicial das ações (IPO), a companhia captou US$ 25,6 bilhões.
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Os investidores de todo o mundo entenderam que, na avaliação inicial, o IPO da empresa petrolífera mostrava-se muito caro em comparação com concorrentes como Exxon Mobil e Chevron.
Os investidores estrangeiros se mostram cautelosos com a interferência que o governo saudita continuará exercendo sobre a companhia e os riscos para suas instalações após os ataques terroristas ocorridos em setembro, que os Estados Unidos atribuíram ao Irã.
Os subscritores da Saudi Aramco podem exercer uma opção para vender até 15% de ações adicionais durante os primeiros 30 dias, caso a demanda pelas ações da empresa seja superior ao esperado. Com isso, a arrecadação com a abertura de capital ficaria próximo de US$ 30 bilhões.
Independente disso, a oferta da Saudi Aramco já é a maior do mundo, tendo ultrapassado o IPO da gigante varejista chinesa, Alibaba, quando listou-se na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) em 2014.