Ações e queda da Selic: XP indica ativos que podem se beneficiar com o corte dos juros

Na quarta-feira (20) , o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reduziu a taxa Selic de 13,25% para 12,75% ao ano. De acordo com a XP, o mercado, desde março, já demonstrava sinais de que havia precificado o início do ciclo de cortes na taxa de juros. Analistas veem espaço para a Bolsa valorizar ainda mais e citam 13 ações para ficar de olho.

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“Olhando dados históricos, vemos que a trajetória dos retornos dos papéis da Bolsa é ascendente mesmo após esse 1º sinal de ciclo de corte”, diz a XP.

A equipe da XP afirma continuar otimista com o cenário no Brasil, destacando que o início do ciclo de flexibilização monetária no país em agosto foi ofuscado pelo aumento das taxas de juros globais ao longo do mês.

A casa vê como catalisador para o mercado acionário o potencial retorno dos fluxos de investimentos, especialmente os fluxos domésticos e os níveis de valuation, que seguem muito descontados.

Queda da Selic: XP destaca setores que devem se beneficiar 

Neste cenário, a XP afirma que os setores de saúde e educação vêm apresentando ralis significativos desde os primeiros sinais do ciclo de corte. No entanto, ainda é difícil prever a continuidade da alta de preços. 

Por outro lado, segundo a equipe da XP, há uma perspectiva otimista para os setores que tiveram desempenho em linha ou abaixo das medianas históricas, além de desempenho positivo nos 100 dias após o início do ciclo de corte. Entres os potenciais beneficiários estão:

  • Agronegócio, Alimentos e Bebidas
  • Bancos e Instituições Financeiras
  • Varejo
  • Transporte
  • Tecnologia, Mídia e Telecomunicações (TMT)
  • Elétricas e Saneamento

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Analistas listam 13 ações para investir após corte da Selic

Diante de fatores de riscos que podem dar retornos assimétricos, a XP prefere ações Small Caps, alto risco, elevado crescimento e “forte momentum”.

Analistas listaram 13 ações que podem se beneficiar do atual momento: 

  • M.Dias Branco (MDIA3)
  •  3Tentos (TTEN3)
  • Jalles Machado (JALL3)
  •  Méliuz (CASH3)
  • Grupo Mateus (GMAT3)
  • Vulcabras (VULC3)
  • C&A (CEAB3)
  • GPA (PCAR3)
  •  Petz (PETZ3)
  •  Locaweb (LWSA3)
  •  Positivo (POSI3)
  • Ecorodovias (ECOR3)
  •  Azul (AZUL4)

Copom reduz taxa Selic em 0,5 pp, para 12,75% ao ano

O Copom, do Banco Central, anunciou nesta quarta (20) o segundo corte seguido da taxa Selic. A taxa caiu para 12,75%, na sexta reunião do ano. A redução eram majoritariamente esperada pelo mercado. A decisão foi unânime, contando com o presidente Roberto Campos Neto.

A expectativa maior era pelo comunicado do BC que acompanha a decisão do Copom. No texto deste encontro o Copom sinaliza novos cortes: “O ritmo de 0,50 pp é apropriado para manter política monetária contracionista necessária”. O comitê terá mais duas reuniões em 2023 – no início de novembro e em dezembro.

No comunicado desta quarta do Copom, o colegiado indica que pode manter o ritmo de cortes da Selic e que a “magnitude total depende de expectativas de inflação, em particular as de maior prazo.”

“Em se confirmando o cenário esperado, os membros do Comitê, unanimemente, anteveem redução de mesma magnitude nas próximas reuniões”, disse o Copom no comunicado.

No texto, o Copom também não deu novas dicas sobre o tamanho total do ciclo de afrouxamento monetário.

Explica o texto do BC: “O Comitê notou a elevação das taxas de juros dos Estados Unidos e a perspectiva de menor crescimento na China, ambos exigindo maior atenção por parte de países emergentes.” E acrescenta, sobre o cenário econômico no Brasil: “A conjuntura atual é caracterizada por expectativas de inflação com reancoragem parcial.”

O colegiado resumiu que o ambiente externo “mostra-se mais incerto”. Além das novas preocupações nos EUA e na China, o BC voltou a destacar que o processo de desinflação global continua, mas os núcleos de inflação ainda elevados e o mercado de trabalho resiliente em diversos países.

“Os bancos centrais das principais economias permanecem determinados em promover a convergência das taxas de inflação para suas metas”, reforçou.

“Continuamos a ver o valuation do Brasil como descontado. O índice P/L do Ibovespa está em 8,1x, ainda um desconto significativo frente à sua média histórica de 11x”, afirmam os analistas sobre as ações no Ibovespa.

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Vinícius Alves

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