Petrobras: ações sobem 3,26% após anúncio de medidas a caminhoneiros
As ações da Petrobras avançaram 3,26% no início da tarde desta terça-feira (16) após o governo do presidente Jair Bolsonaro anunciar um pacote de medidas para a categoria dos caminhoneiros.
Os papéis da Petrobras voltaram a subir após forte queda na última sexta-feira (12) quando o governo interferiu no aumento de 5,7% no preço do diesel anunciado pela estatal um dia antes. A empresa perdeu R$ 32 bilhões em valor de mercado com a medida.
Bolsonaro pediu o recuo e exigiu uma justificativa baseada em estudos para o aumento no preço do combustível. Após o anúncio do pacote de medidas, o Ibovespa segue a mesma tendência da Petrobras e opera em alta de 1,4% a 94,382.79 pontos.
Saiba Mais: Governo anuncia linha de crédito de até R$ 30 mil para caminhoneiros
Medidas para caminhoneiros
Nesta terça, em entrevista coletiva, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, informou a criação de uma linha de crédito no valor de R$ 500 mil para caminhoneiros. Cada profissional autônomo com até dois caminhões cadastrados no CPF pode pegar um financiamento via BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) de até R$ 30 mil.
Inicialmente, os caminhoneiros podem buscar o valor através dos bancos públicos, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. Em um segundo momento, o valor será liberado em outras instituições financeiras e cooperativas de crédito.
Além da linha de crédito, o governo irá investir R$ 2 bilhões na infraestrutura de estradas e rodovias. O objetivo do pacote de medidas, espécie de acordo com os caminhoneiros, é evitar uma nova greve da categoria.
Em maio de 2018, a paralisação dos caminhoneiros durou ao menos dez dias e causou um prejuízo estimado de R$ 15 bilhões à economia, de acordo com o Ministério da Fazenda da época. O protesto também teve reflexos negativos no Produto Interno Bruto (PIB) nacional.
A decisão sobre o preço do óleo diesel não foi incluída no pacote de medidas do governo. O assunto de forte influência na Petrobras será tratado entre o presidente e o ministro da Economia, Paulo Guedes, na tarde desta terça.
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