Ações da Petrobras (PETR4) disparam 9%; entenda motivos
As ações preferenciais a Petrobras (PETR4) fecharam o pregão desta segunda-feira em alta de 7,2%. Já as ações ordinárias da companhia fecharam com uma valorização de 9%.
A alta de ações da Petrobras está atrelada a dois fatores: um relatório de sell side do Morgan Stanley que elevou a recomendação da companhia e a valorização expressiva do petróleo nesta segunda (26).
No caso do petróleo, há apreciação de cerca de 3% na cotação do Brent, que é referência para a PETR4. A commodity opera a cerca de US$ 81,30.
A alta da cotação da commodity se dá por conta de relatos de uma paralisação da produção na Líbia.
Além disso, a apreciação está vinculada ao fato de que Israel e o Hezbollah negociaram uma série de ataques na fronteira com o Líbano.
Ainda nesta segunda (26) o governo oriental da Líbia em Benghazi declarou que a produção e as exportações de petróleo no país do norte da África seriam encerradas. Isso, em meio a uma disputa sobre quem deveria comandar o Banco Central do país com o governo ocidental – que é reconhecido internacionalmente e está em Trípoli, capital da nação.
Atualmente a Líbia produz cerca de 1,2 milhão de barris por dia, com mais de 1 milhão de bpd exportados para o mercado global.
Morgan Stanley projeta dividendos extraordinários da Petrobras
Além da alta do petróleo o que puxa para cima os papéis da Petrobras é um relatório do Morgan Stanley.
O banco americano elevou a recomendação para os ADRs da empresa de neutra para compra, firmando um novo preço-alvo de US$ 20 por papel.
Segundo o banco, essa melhora na tese de investimento segue calcada na remuneração aos acionistas – nesse sentido, há otimismo com os dividendos extraordinários da Petrobras que ainda serão pagos.
“Nossa análise de cenário de múltiplos aponta para potenciais distribuições extras de cerca de US$ 7 bilhões (R$ 38,3 bilhões) até 2025”.
Além dos dividendos da Petrobras, o Morgan Stanley também aponta que outro fator positivo para a empresa deve ser a diminuição de ruídos acerca da nova CEO da empresa, Magda Chambriard.
“Com as mudanças de gestão já passadas, acreditamos que o nível de ruído diminuirá gradualmente, o que pode remover parte do componente de volatilidade para as ações”, diz a casa.
“A mensagem do novo CEO e CFO em recentes teleconferências e reuniões nos leva a acreditar na continuidade da estratégia atual, com a coexistência de um aumento responsável nos investimentos e distribuição de dividendos“, completa.
Dito isso, a expectativa dos analistas é de um potencial de retorno total de 60% para a Petrobras, sendo 37% em relação à valorização das ações, 16% de dividendos regulares e 7% de dividendos extraordinários.