Ações da Petrobras sobem 3% após o aumento do diesel em R$ 0,10

As ações da Petrobras sobem nesta quinta-feira (18) após o anúncio da véspera referente ao aumento no preço do óleo diesel. Este foi o primeiro reajuste após a intervenção do governo do presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL).

Por volta das 15h15, as ações da Petrobras subiam conforme:

Motivo da alta das ações da Petrobras

Na noite da última quarta-feira (17), a Petrobras anunciou um reajuste positivo de R$ 0,10 por litro no preço do óleo diesel. Desta forma, o preço em vigência desde 22 de março, R$ 2,1432, passou para R$ 2,2470 nas distribuidoras do Brasil.

O anúncio foi feito pelo presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, em uma coletiva de Imprensa.

Tal aumento equivale a 4,84% no preço anterior do diesel. O percentual está abaixo dos 5,7%, de reajuste previstos antes da intervenção de Bolsonaro.

No preço, o reajuste está R$ 0,0192 abaixo do previsto anteriormente à política intervencionista que assustou o mercado na última sexta-feira (12).

As distribuidoras da Petrobras passariam de uma alta mínima de 4,5%, a uma alta máxima de 5,1%, na venda do produto.

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Entenda a intervenção de Bolsonaro na Petrobras

A empresa estatal chegou a anunciar na quinta-feira (11) que haveria reajuste no preço do óleo diesel. Entretanto, o governo Bolsonaro realizou uma intervenção para anular o aumento. Assim, a Petrobras recuou no mesmo dia e cancelou o reajuste.

Depois da intervenção do Executivo na decisão da Petrobras, o preço do combustível nas refinarias permaneceu o mesmo desde 22 de março, em R$2,1432. De acordo com o governo, um reajuste no momento poderia ter um forte impacto na economia.

A notícia não agradou ao mercado financeiro. Em sua campanha eleitoral, o então candidato à presidência levantou insistentemente a bandeira do Estado mínimo. E já contava com o auxílio do economista liberal, Paulo Guedes, para aplicar tal política econômica no Brasil.

Saiba mais – Diesel: Caminhoneiros se dividem após reajuste e alguns falam em greve

Paulo Guedes, o atual ministro da Economia, estava em evento em Washington, EUA, quando a decisão foi tomada por Bolsonaro. Após ser questionado por jornalistas, ao sair do evento, afirmou que nem sabia do que eles estavam perguntando.

A prática de intervenção na gestão de empresas estatais foi comum na gestão da ex-presidenta, Dilma Rousseff (PT). Enquanto liderava o País, a Petrobras viu suas ações despencarem após uma série de interferências que a petista fez.

Desta forma, o mercado financeiro ficou descontente com a atitude de Bolsonaro, levando em consideração o passado recente do Brasil, e a campanha eleitoral do pesselista.

Contudo, Bolsonaro explicou, antes mesmo da queda das ações da Petrobras, que a decisão foi tomada em meio à cautela com a classe caminhoneira. Desde o início do ano a classe não confirma oficialmente, mas debate a pauta da possibilidade de uma nova greve dos caminhoneiros.

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Amanda Gushiken

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