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Casas Bahia (BHIA3) tomba 25%; veja as ações que mais caíram em março

Casas Bahia (BHIA3) tomba 25%; veja as ações que mais caíram em março

Ações. Foto: Unsplash

O Ibovespa, principal índice de ações brasileiras, encerrou março com baixa de 0,71%, aos 128.106,10 pontos. A máxima do mês foi de 129.715,51 pontos, já a mínima alcançou os 125.802,48 pontos.

A desvalorização do Ibovespa acompanhou a queda de ações de peso no índice, dentre elas, a Petrobras (PETR4) e a Vale (VALE3).

As ações preferenciais da Petrobras recuaram 6,93% em março, enquanto as ações ordinárias caíram 7,13%. A Vale, por sua vez, teve desvalorização de 5,13% na Bolsa de Valores.

No exterior, até o final de dezembro de 2023, a perspectiva era de que o Banco Central dos EUA, Federal Reserve (Fed), começasse a baixar os juros do país em março deste ano, mas essa expectativa não se concluiu.

Entre janeiro e fevereiro de 2024, certos indicadores nos Estados Unidos acabaram superando as expectativas, o que fez com que a perspectiva de baixa dos juros para março fosse adiada.

Apesar disso, as Bolsas de Valores de Nova York fecharam o mês de março na máxima histórica, impactadas positivamente pela forte valorização das companhias de inteligência artificial.

Durante o mês de março, o total de capital estrangeiro retirado da Bolsa de Valores brasileira ajudou nessa performance mensal negativa. Em 2024, o capital estrangeiro “retirado” totaliza R$ 23,6 bilhões.

Mesmo com essa desvalorização mensal do Ibovespa, algumas ações tiveram quedas ainda mais relevantes. Confira a seguir as 5 ações que mais caíram em março.

GPA (PCAR3)

As ações do GPA tiveram perdas de 26,55% no mês de março, registrando a principal queda do Ibovespa no período. O cenário atual da companhia é de buscar sua reestruturação.

No começo de março, o GPA divulgou uma oferta primária buscando arrecadar até R$ 1 bilhão em seu valor máximo. Com 140 milhões de novas ações, os papéis estavam avaliados em R$ 504 milhões, levando em conta o preço de fechamento de R$ 3,60 por ação. A oferta repercutiu entre muitos investidores, que tiveram forte diluição de sua posição.

Casas Bahia (BHIA3)

As ações de Casas Bahia fecharam o mês de março em queda de 25%, sendo o segundo principal destaque de baixa do Ibovespa. Assim, os papéis reverteram a valorização de 14,58% registrada em fevereiro.

Após um ano de 2023 difícil, a Casas Bahia continua em contexto desafiador segundo diversos analistas. No quarto trimestre de 2023 (4T23), a companhia apresentou um prejuízo contábil de cerca de R$ 1 bilhão, aumentando as perdas em 513,5% na comparação anual.

Magazine Luiza (MGLU3)

As ações do Magazine Luiza tiveram baixa de 15,49%, registrando a menor cotação de fechamento mensal desde outubro de 2023. Apesar da companhia registrar uma rentabilidade maior no 4T23, ela ainda passa por um contexto cheio de desafios.

Mesmo com uma rentabilidade maior, as vendas 1P ainda preocupam os analistas, conforme destacado pela Genial Investimentos em relatório recente sobre a companhia. Por outro, a expectativa é de que conforme os juros do Brasil caiam, a empresa de varejo possa conseguir se beneficiar.

CVC (CVCB3)

As ações da CVC tiveram perdas de 13,43% no mês de março, revertendo os ganhos de 15,12% em fevereiro. A cotação de fechamento, de R$ 2,90, representa o menor patamar desde o encerramento de outubro de 2023.

Em recente divulgação de seus resultados, a CVC registrou um prejuízo líquido de R$ 456,9 milhões no ano de 2023, com aumento de 5,4% na comparação anual. No quarto trimestre de 2023 (4T23), o prejuízo diminuiu 23%, passando de 96,8 milhões no 4T22 para R$ 74,5 milhões.

CSN Mineração (CMIN3)

As ações da CSN Mineração tiveram uma desvalorização de 12,69% em março. Dois assuntos marcaram a movimentação dos papéis CMIN3 durante o mês, dentre eles, o resultado trimestral da companhia e as variações no preço do minério de ferro no exterior. A commodity registrou o pior trimestre desde 2021, diante de uma demanda mais fraca no mercado chinês.

Por outro lado, a CSN Mineração teve um lucro líquido de R$ 1,359 bilhão no 4T23, com aumento de 13,2% em relação ao 4T22. “Esse resultado é consequência da melhora no resultado operacional, com maiores preços e volumes, reforçando o excelente momento vivido pela companhia”, disse a companhia em seu último balanço.

Assim, do GPA a CSN Mineração, essas foram as ações do Ibovespa que mais caíram no mês de março.

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