O principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (B3), Ibovespa, encerrou janeiro com uma desvalorização de 1,97%. Dessa forma, seguindo o indicador, algumas das principais empresas listadas no Ibovespa também registraram desvalorização em suas ações.
O índice Ibovespa mede o andamento das ações mais líquidas. No total, fazem parte do principal índice da B3 73 ativos de 72 companhias. A metodologia do indicador é definida pela própria B3 através de uma carteira teórica de ações, cuja composição é modificada periodicamente.
Desse modo, salientando que esta matéria não é uma recomendação de investimento, confira as cinco ações do Ibovespa que desvalorizaram no mês de janeiro, conforme apontado pelos especialistas em renda variável da SUNO Research.
Veja as ações que mais caíram no mês passado:
1º e 2º – Ações da Eletrobras
Em primeiro e segundo lugar estão os papéis da Eletrobras como as ações mais desvalorizadas no primeiro mês de 2021. O papel ELET6 encerrou o primeiro pregão do ano, em 4 de janeiro, cotado a R$ 36,20. Já no dia 29, o papel foi negociado a R$ 28,74 . No mês as ações tiveram uma desvalorização de 22,32%.
Já a ELET3 estava, em 4 deste mês, negociada a R$ 35,63. Já no último pregão, encerrou cotado a R$ 29,23. Portanto, uma desvalorização de 21,76%.
Com a saída do atual presidente da Companhia, o mercado começou a ter incertezas quanto ao plano de privatização da Eletrobras. O banco Safra rebaixou o rating (classificação de investimentos) como neutro e estimou o preço-alvo em R$ 35,10. Segundo a instituição, as incertezas sobre a privatização levaram a rebaixar o rating de recomendação de compra para neutro.
“Diante das incertezas sobre a privatização da Eletrobras, rebaixamos ELET3 para neutro. Após a renúncia de [Wilson] Ferreira Júnior, reduzimos a probabilidade de privatização para 20%, mantendo nossas estimativas de lucro inalteradas”, informou o documento do Safra.
3º – Eztec, queda de 14,50%
Na lista de cinco ações, encontramos a Eztec, que iniciou o mês de janeiro cotada a R$ 41. Já no dia 29, suas ações valiam R$ 36,68. Com essa variação, os papéis da companhia apresentaram uma desvalorização de 14,50%.
A construtora registrou R$ 282,3 milhões em vendas líquidas no quarto trimestre de 2020, marcando uma queda de 48% na comparação anual, como mostrou a prévia operacional divulgada pela companhia.
Os lançamentos da empresa atingiram R$ 380,8 milhões, chegando a R$ 1,150 bilhão no ano – 85% a mais do que no terceiro trimestre. No mesmo período de 2019, os lançamentos haviam somado R$ 934 milhões em valor geral de vendas (VGV).
4º – Cyrela, queda de 13,06%
Na lista, outra empresa do setor imobiliário aparece entre as mais desvalorizadas da Bolsa. A Cyrela encerrou o pregão do dia 4 negociada a R$ 28,50. Já no dia 29, os papéis estavam cotados a R$ 25,63. Dessa forma, a empresa apresentou uma desvalorização de 13,06%.
Na prévia operacional do quarto trimestre, quando lançou o valor geral de vendas (VGV) de R$ 2,87 bilhões, alta de 105,6% na comparação com o mesmo período do ano passado. Foram lançados 25 empreendimentos de outubro a dezembro.
Apesar dos valores terem sido alto, a tendência do mercado de construção é uma desaceleração segundo o Bank Of America (BofA).
5º – Copel, queda de 12,89%
A Copel está em quinto lugar entre as ações mais desvalorizadas no mês de janeiro. A empresa encerrou o dia 4 com os papéis negociados a R$ 73,65. No dia 29, estavam cotados a R$ 65,28. Dessa forma, no primeiro mês do ano as ações da companhia desvalorizaram 12,89%.
No último dia 8, a Copel informou ao mercado que seu acionista controlador, o governo do Paraná (que detém 58,6% das ações da empresa e 31,1% do capital total) enviou uma carta para companhia, condicionando a aprovação da migração do Nível 1 para Nível 2 de Governança Corporativa na B3 à realização de uma oferta secundária de ações de titularidade do Paraná.
Além disso, a carta solicitava a distribuição de dividendos extraordinários.
Investir em ações
Antes de qualquer investimento em ações é importante ressaltar que quitar as dívidas deve sempre ser a prioridade. Os analistas da SUNO Research sempre salientam que é necessário antes poupar dinheiro para depois investir, e nunca se endividar para investir ou investir endividado.