Cogna (COGN3) recua 13,7%: veja as ações que mais caíram em fevereiro
O Ibovespa, principal índice de ações brasileiras, terminou fevereiro com uma valorização de 0,99%, aos 129.020,02 pontos. A pontuação máxima do mês foi de 131.696,38 pontos, já a mínima foi de 126.443,28 pontos.
Mesmo com essa performance positiva no mês de fevereiro, o índice de ações brasileiras ainda acumula desvalorização neste ano, já que em janeiro o desempenho foi de queda de 4,79%.
De acordo com Alexsandro Nishimura, economista e sócio da Nomos, o Ibovespa ficou “preso” ao seu principal driver em 2024, que é a expectativa para o começo do corte dos juros nos EUA.
“Além do claro impacto sobre todos os mercados de ativos globais, as incertezas sobre a condução do Fed se refletem também por aqui, uma vez que se passou a questionar o quanto essa postergação nos EUA pode levar o Copom a ser mais cauteloso nas reduções da Selic”, afirma o economista.
Atualmente, se observa um otimismo em algumas ações dos Estados Unidos, como as “big techs”, por exemplo, frente um rally dos índices acionários, impactados positivamente pelas empresas relacionadas à inteligência artificial (IA).
Além de mostrar resultados mais “empolgantes” no presente, o especialista destaca que elas sinalizam um futuro promissor. Para o economista, é “justamente onde costuma residir o maior valor destas companhias”.
Apesar de algumas empresas se destacarem positivamente no Ibovespa, outras tiveram um desempenho negativo. Confira abaixo as ações do Ibovespa que mais caíram em fevereiro:
- Cogna (COGN3): -13,70%
- Grupo Soma (SOMA3): -11,62%
- CSN Mineração (CMIN3): -10,74%
- Bradesco PN (BBDC4): -10,31%
- Bradesco ON (BBDC3): -9,97%
Cogna (COGN3)
As ações da Cogna tiveram uma queda de 13,7% no mês de fevereiro, sendo o principal destaque negativo do Ibovespa. Grande parte dos analistas têm recomendação neutra para os papéis da companhia que, por sua vez, anuncia seus novos resultados trimestrais no dia 20 de março de 2024.
Após conversar com os executivos da companhia, a XP destacou que a captação da Kroton se encontra quase 50% concluída. A expectativa da Cogna é que no digital e no presencial se observe volumes positivos.
Grupo Soma (SOMA3)
As ações do Grupo Soma tiveram uma queda de 11,62%, sendo o segundo principal destaque de baixa do mês. Os papéis, que atualmente estão cotados a R$ 7,00, tiveram três meses consecutivos de alta, de novembro de 2023 a janeiro de 2024, com +12,85%, +24,79% e +6,31%, respectivamente.
Apesar desse forte avanço anteriormente, as ações se destacam entre as quedas do Ibovespa, com parte dos investidores optando pela realização de lucros. No radar dos investidores está o fechamento do acordo com a Arezzo (ARZZ3) para que seja realizada uma combinação de negócios.
CSN Mineração (CMIN3)
Já as ações da CSN Mineração fecharam o mês de fevereiro com desvalorização de 10,74%. Apesar de registrar seu segundo mês seguido no campo negativo, os papéis vinham de uma forte alta durante 4 meses consecutivos, principalmente em novembro de 2023, quando dispararam mais de 43%.
Os resultados da CSN Mineração serão divulgados em 6 de março de 2024. O Itaú BBA, que tem recomendação neutra para ação, estima um crescimento de 26% no resultado operacional da empresa no 4T23, quando se compara com os números obtidos no 3T23.
Bradesco (BBDC3/BBDC4)
Com quedas em torno dos 10%, as ações do Bradesco, tanto as ordinárias quanto as preferenciais, estiveram entre as 5 principais quedas mensais do Ibovespa. A companhia registrou um lucro de R$ 2,878 bilhões no 4T23, cerca de 80,4% acima do registrado no 4T22.
Apesar do lucro maior na comparação anual, os resultados acabaram decepcionando frente às projeções feitas pelo mercado. “O resultado fraco foi impulsionado pela combinação de provisões adicionais relacionadas a uma corporação específica aliadas a despesas operacionais mais altas”, destacaram os analistas do UBS-BB.
Já para o Banco Safra, o resultado negativo em relação às provisões foi atribuído principalmente à provisão adicional no segmento corporativo, no valor de R$ 1,65 bilhão. Desconsiderando esse fator, as provisões ficariam 5% abaixo das projeções do banco. Assim, as ações do Bradesco também se destacaram entre as quedas do Ibovespa em fevereiro.
