O principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (B3), Ibovespa, encerrou a última semana de fevereiro com uma desvalorização de 1,98%. Dessa forma, seguindo o indicador, algumas das principais empresas listadas no Ibovespa também registraram desvalorização em suas ações.
O índice Ibovespa mede o andamento das ações mais líquidas. No total, fazem parte do principal índice da B3 73 ativos de 72 companhias. A metodologia do indicador é definida pela própria B3 através de uma carteira teórica de ações, cuja composição é modificada periodicamente.
Desse modo, salientando que esta matéria não é uma recomendação de investimento, confira as cinco ações do Ibovespa que desvalorizaram no mês de fevereiro, conforme apontado pelos especialistas em renda variável da SUNO Research.
Veja as ações que mais caíram no mês passado:
- Via Varejo (VVAR3):-19,20%
- Petrobras (PETR3): -18,95%
- Cogna (COGN3): -17,26%
- SulAmérica (SULA11): -17,24%
- Banco do Brasil (BBAS3): -17,16%
1º – Ações da Via Varejo
Em primeiro lugar da lista de ações mais desvalorizadas se encontra a Via Varejo. No dia 29 de janeiro, último pregão do mês passado, os papéis encerraram negociados a R$ 14,69. Por sua vez, no último dia de negociação de fevereiro, sexta-feira (26), a ação era negociada a R$ 11,87. Portanto, os papéis desvalorizaram 19,20%.
A queda nas ações da Via Varejo pode ser atribuída ao anúncio de fusão entre a B2W e a Lojas Americanas, o que aumenta a competição entre as varejistas.
Na semana passada, a B2W comunicou ao mercado que estuda uma possível fusão com a Lojas Americanas.
De acordo com a varejista, o conselho de administração de ambas empresas aprovou “que se estude uma potencial combinação operacional de seus negócios com o objetivo de maximizar a experiência do cliente em uma nova jornada de criação de valor do Universo Americanas”.
2 – Petrobras
Em segundo lugar das ações mais desvalorizadas está Petrobras. O papel PETR3 o último pregão de janeiro negociado a R$ 27,33. Já no último dia de negociação de fevereiro, sexta-feira (26), o papel foi cotado a R$ 22,15 . Com essa variação, os papéis da companhia apresentaram uma desvalorização de 18,95%.
Os papéis da Petrobras enfrentaram revés após a demissão de Roberto Castello Branco pelo presidente da República, Jair Bolsonaro. O mandatário indicou o general Joaquim Silva e Luna para a presidência da estatal petrolífera.
Os investidores precificaram a Petrobras a partir de uma nova perspectiva de maior intervenção estatal do governo de Bolsonaro.
3º Cogna
A Cogna ocupa o terceiro lugar de ação mais desvalorizada no mês. Os papéis da empresa de educação foram negociados no último pregão de janeiro a R$ 4,52, por sua vez, no último pregão ficaram cotados a R$ 3,74. Dessa forma, no segundo mês do ano as ações da companhia desvalorizaram 17,26%.
A transação de troca de ativos entre a Cogna e a Eleva Educação finalmente aconteceu, após meses de negociações, porém, o acordo não animou o mercado.
Na análise da XP Investimentos e do BTG Pactual (BPAC11) a operação gera uma desalavancagem financeira menor do que a esperada. E, a recomendação de ambas instituições foi neutra.
4 – SulAmérica
A SulAmérica se encontra em quarto lugar de ativos mais desvalorizados do Ibovespa. Em 29 de janeiro, as ações eram negociadas a R$ 39,91, por sua vez, no último pregão de fevereiro, os papéis estavam cotados a R$ 33,11. Com isso, as ações apresentaram uma desvalorização de 17,24%.
O resultado operacional do quarto trimestre de 2020 da empresa não agradou aos investidores. A SulAmérican registrou lucro líquido de R$ 42,7 milhões no período, um recuo de 90,6% ante os R$ 452,9 milhões, reportados um ano antes.
5 – Banco do Brasil
O Banco do Brasil está em quinto e último lugar do ranking de cinco ações mais desvalorizadas em fevereiro. O banco encerrou o último pregão de janeiro a R$ 33,86 e, na sexta-feira (26), estava a R$ 28,05. Dessa forma, a instituição financeira viu seus papéis despencarem 17,16%.
Os rumores de destituição do cargo de presidente do Banco Brasil, André Brandão, movimentaram as ações do banco. Após a demissão de Castello Branco, outro presidente de estatal que pode estar de saída é Brandão.
Segundo informações da coluna de Robson Bonin, na Veja, a falta de tranquilidade para tocar a instituição levou Brandão a dizer a seus aliados que pretende deixar o comando da companhia.
Investir em ações
Antes de qualquer investimento em ações é importante ressaltar que quitar as dívidas deve sempre ser a prioridade. Os analistas da SUNO Research sempre salientam que é necessário antes poupar dinheiro para depois investir, e nunca se endividar para investir ou investir endividado.