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Ações do Itaú (ITUB4) disparam com possível venda da XP

Itaú pode vender até 5% da XP

Itaú pode vender até 5% da XP

As ações do Itaú (ITUB4) operam em forte alta nesta quarta-feira (4), após anunciar que estuda a venda de 5% da XP Investimentos na Nasdaq. Os papéis do banco chegaram a subir 7,07% no início do pregão, mas arrefeceram o movimento e operam em alta de 3,91%, a R$ 24,96, por volta das 11h27. No mesmo horário, o Ibovespa subia cerca de 1%.

A venda das ações da XP faz parte de uma avaliação interna sobre a possibilidade de cindir a parcela que o Itaú detém na corretora em uma nova empresa. De acordo com a instituição, a venda dos 5% da XP teria como objetivo monetizar o investimento feito na empresa, além de melhorar o Índice de Capital Principal de Basileia III.

Para o Itaú, no entanto, o investimento na XP continua sendo ótimo. O que faz a direção do banco cogitar a venda da participação é o “destravamento de valor”, segundo o CEO, Candido Bracher, em teleconferência nesta manhã. Caso decida pela cisão, a operação do Itaú, todavia, não deve ser concluída em 2020.

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“Originalmente o nosso plano era adquirir o controle da XP, mas esse plano foi vetado pelo Banco Central (BC). Dessa forma, nossa participação virou um investimento financeiro ao invés de um ativo estratégico. Através de uma análise criteriosa, nós concluímos que seria de maior interesse dos nossos acionistas transferir esses ativos diretamente para eles”, disse Bracher.

Hoje, o Itaú detém uma fatia de 46% no capital da XP — a participação de 49,9% inicial foi diluída após a oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) na Nasdaq. Após isso, há uma fatia remanescente de 5%. Para entregar aos seus acionistas essa fatia, seria necessário a criação de uma nova sociedade de capital aberto, batizada de Newco, e segregar nela as ações da XP, ou 41,05% do capital da empresa de investimentos.

Itaúsa ficará com parte da XP

A Itaúsa (ITSA4), holding que possui uma participação de 37,4% no Itaú, divulgou um fato relevante nesta quarta sobre a sua participação na nova empresa, Newco. De acordo com a companhia, respeitando a composição acionária atual da instituição financeira, a IUPAR (Itaú Unibanco Participações) passaria a ser a maior acionista individual da Newco.

Assim, a Itaúsa passaria a controlar 37,39% da Newco e, de forma indireta, o equivalente a 15,35% do capital total da XP.

“A Itaúsa não pretende alienar participação relevante na Newco no curto prazo e atuará alinhada com a XP. A Itaúsa não considera essa participação como estratégica no longo prazo, estando este ativo sujeito às avaliações no âmbito do processo de acompanhamento de seu portfólio”, concluiu a holding.

Itaú lucra R$ 5,03 bilhões no terceiro trimestre

O Itaú divulgou, na noite da última terça-feira, seu resultado referente ao terceiro trimestre deste ano. O banco lucrou R$ 5,030 bilhões, um recuo de 29,7% em comparação com os R$ 7,156 bilhões apurados no mesmo período de 2019. O Retorno sobre Patrimônio Líquido (ROE) recorrente da instituição foi de 15,7% no período, em linha com o consenso de analistas, que era por um indicador de 15,8%.

Conforme pontuou o Goldman Sachs em relatório, o resultado do Itaú veio 4% acima do consenso compilado pela Bloomberg, embora o ROE tenha caído dos 22,8% do terceiro trimestre do ano passado.

O banco de investimento reiterou sua posição neutra para as ações do Itaú, com preço-alvo de R$ 26 para os próximos 12 meses — o que daria um upside de apenas 4,16% sobre a cotação atual.

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