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JBS (JBSS3) dispara 23%; veja as ações que mais subiram em maio

Ações Ibovespa

Ações Ibovespa. Foto: iStock

O Ibovespa, principal índice de ações do Brasil, terminou o mês de maio em baixa de 3,04%, aos 122.098,09 pontos. No contexto mensal, a maior pontuação registrada foi de 129.745,03 pontos, enquanto a cotação mínima foi de 121.928,86 pontos.

Essa foi a terceira queda mensal seguida do Ibovespa, visto que já vinha de uma baixa de 1,70% em abril e de 0,71% em março. Com essa nova desvalorização de maio, o índice de ações registra sua menor cotação de fechamento mensal desde outubro de 2023.

A queda do Índice Bovespa foi apoiada pela performance negativa de ações de peso no índice, como da Petrobras, por exemplo, que registrou perda de 3,71% nos papéis PETR4 e de 4,27% nas ações PETR3.

As ações da Vale (VALE3), por sua vez, apresentaram uma ligeira desvalorização de 0,14% no mês de maio.

Dos 5 meses terminados em 2024 até o momento, em 4 deles o Ibovespa registrou baixa e somente 1 mês foi de valorização. Assim, a queda acumulada neste ano até agora é de 9%.

Em relação ao contexto no exterior, os investidores continuam ajustando suas “apostas” de qual deve ser o momento em que o Federal Reserve (Fed, Banco Central dos Estados Unidos) deve iniciar seu movimento de cortes nos juros do país e aderir a uma política monetária mais flexível. Além dos papéis de empresas internacionais, esse fator também movimenta as posições dos investidores nas ações brasileiras.

No cenário local, os investidores se movimentam diante de uma maior cautela no âmbito fiscal, o que aumentou a expectativa para que o ciclo de baixa da Selic possa ser interrompido em breve. Também repercutiu nas ações da Bolsa de Valores as enchentes do Rio Grande do Sul.

Confira abaixo as ações que mais subiram em maio, além dos principais assuntos que marcaram o mês dessas empresas.

Maiores altas de maio

JBS (JBSS3)

As ações da JBS foram o grande destaque positivo do Ibovespa em maio, com forte alta de 23,04%. A companhia se alinhou com outras empresas do setor de frigoríficos, que também estiveram entre os maiores ganhos do período.

No caso da JBS, segue o movimento positivo já observado no mês anterior que, por sua vez, se deu após o anúncio de resultados que animaram parte do mercado, além da sinalização de que se pode acelerar o processo de desalavancagem da empresa.

Marfrig (MRFG3)

As melhores perspectivas para as empresas do setor de frigoríficos colaboraram não apenas para o avanço da cotação de JBS, mas também para as ações da Marfrig, que dispararam 19,37%.

Essa melhora de cenário é observada a partir do contexto mais complicado que as empresas do setor viviam no começo de 2023, frente aos impactos do avanço da Doença da Vaca Louca. Inclusive, isso fez o Brasil interromper sua exportação de carne.

Vamos (VAMO3)

As ações da Vamos saltaram 14,06% em maio, após o anúncio de seus novos resultados trimestrais, referentes ao 1T24. A companhia registrou um lucro líquido consolidado de R$ 183 milhões, com aumento de 8,2% em comparação a igual etapa do ano passado (1T23).

Sem levar em conta os créditos tributários registrados no período, o lucro líquido consolidado foi cerca de 20% maior. O Ebitda consolidado da companhia saltou 24,4%, atingindo R$ 819,8 milhões. Enquanto isso, o lucro operacional (Ebit) foi de R$ 640,9 milhões no 1T24, com crescimento anual de 18,3%.

BRF (BRFS3)

As ações da BRF avançaram 10,07%, em linha com o avanço das empresas do setor. Mas no caso dessa empresa, em particular, também movimentou o preço de sua ação o anúncio de seus novos resultados. A BRF teve lucro líquido de R$ 594 milhões no 1T24, revertendo o prejuízo líquido de R$ 1,024 bilhão observado no mesmo período de 2023.

Nesse sentido, o Bank of America passou a ter uma recomendação neutra para os papéis da companhia (antes era equivalente à venda). Enquanto isso, a XP destacou BRFS3 como sua “queridinha” no setor e ainda aumentou o seu preço-alvo para a ação.

Engie (EGIE3)

Também no início de maio, a Engie anunciou um lucro líquido de R$ 1,6 bilhão no 1T24, superando as expectativas do mercado, já que o consenso da Bloomberg estimava um lucro de R$ 1,12 bilhão.

Já o Ebitda da companhia foi de R$ 3,16 bilhões no 1T24, o que representa um crescimento anual de 43%. Assim, as ações da Engie dispararam 9,04% no mês de maio e foram um dos principais destaques positivos do Ibovespa.

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