IRB (IRBR3) tomba 25,71%; veja as ações que mais caíram em maio

O Ibovespa, principal índice de ações brasileiras, encerrou maio em queda de 3,04%, aos 122.098,09 pontos. A pontuação máxima do mês foi de 129.745,03 pontos, já a mínima mensal foi de 121.928,86 pontos.

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O Ibovespa registrou sua terceira queda mensal consecutiva, uma vez que em abril recuou 1,70% e em maio caiu 0,71%. Após essa nova queda, o índice de ações atingiu a menor pontuação de fechamento mensal desde outubro do ano passado.

A baixa do Índice Bovespa teve “apoio” do desempenho negativo de papéis de peso no índice. A Petrobras teve baixa de 3,71% nas ações preferenciais (PETR4) e de 4,27% nas ações ordinárias (PETR3). Já o papel da Vale (VALE3) recuou 0,14% em maio.

Até então, foram 5 meses encerrados em 2024, sendo que em 4 deles o Ibovespa fechou no campo negativo, acumulando uma desvalorização de 9% em 2024.

No exterior, os investidores ainda permanecem ajustando suas posições diante das perspectivas do momento em que o Federal Reserve (Fed, Banco Central dos Estados Unidos) pode iniciar o movimento de cortes de juros e adotar uma política monetária mais flexível, algo que pode movimentar as ações brasileiras.

No contexto doméstico, os investidores estão com uma maior cautela sobre o cenário fiscal do Brasil. Isso eleva as perspectivas de que o ciclo de queda da Selic possa ser interrompido em algum momento. Além disso, outro fator que movimentou nas ações do Ibovespa em maio foram os desdobramentos no caso das enchentes do Rio Grande do Sul.

Veja a seguir as ações que mais caíram em maio, assim como os principais assuntos que marcaram o mês dessas companhias.

Maiores quedas de maio

  • IRB (IRBR3): -25,71%
  • Petz (PETZ3): -20,34%
  • Yduqs (YDUQ3): -17,00%
  • Suzano (SUZB3): -16,70%
  • Lojas Renner (LREN3): -14,42%

IRB (IRBR3)

As ações do IRB Brasil tiveram queda mensal de 25,71%, sendo o grande destaque negativo do Ibovespa. Essa baixa relevante se deu diante dos desdobramentos das enchentes do Rio Grande do Sul, já que isso poderá elevar de maneira abrupta os sinistros da empresa.

Embora ainda não se tenha muitos detalhes para realizar estimativas precisas em relação aos possíveis impactos, a empresa disse em teleconferência que o impacto líquido sobre a companhia estaria entre R$ 80 milhões e R$ 160 milhões.

Petz (PETZ3)

As ações da Petz registraram forte baixa de 20,34%, devolvendo parte dos ganhos registrados entre fevereiro e abril de 2024. No radar dos investidores estão as avaliações de especialistas em relação aos avanços da fusão da companhia com a Cobasi.

Nesse sentido, o preço-alvo do Bank of America foi aumentado em 7,865%, passando de R$ 4,45 para R$ 4,80. Apesar do banco acreditar que as justificativas para que a fusão efetivamente aconteça sejam convincentes, ele ainda destaca algumas questões arriscadas na operação e, diante disso, continua com uma recomendação neutra nas ações PETZ3.

Yduqs (YDUQ3)

As ações da Yduqs recuaram 17% no mês de maio, em um mês de bastante volatilidade para o preço dos papéis. Dentre os diversos fatores que movimentaram o preço da ação, um dos principais foi o anúncio de resultados abaixo do esperado no 1T24.

O lucro projetado pelo mercado era de R$ 185 milhões, enquanto o lucro divulgado pela companhia foi de R$ 150 milhões. O Ebitda e o faturamento também foram inferiores às estimativas do consenso Bloomberg, que eram de R$ 509 milhões e R$ 1,46 bilhão, respectivamente. A Genial Investimentos considera esse resultado como “morno”, mas ainda tem uma recomendação de compra para as ações da Yduqs.

Suzano (SUZB3)

As ações da Suzano, por sua vez, tiveram queda mensal de 16,7%. A companhia confirmou seu interesse em comprar os ativos da International Paper (IP), embora explique “não existe, até o momento, qualquer acordo, vinculante ou não, tampouco qualquer decisão ou deliberação dos órgãos de administração da companhia em relação a uma potencial operação, que contenham o mínimo de materialidade necessário à configuração de um fato relevante”.

A notícia não foi tão bem recebida pelo mercado, considerando a desvalorização relevante observada nos papéis. A perspectiva de muitos investidores é de que a oferta de compra poderá aumentar o endividamento da companhia, caso a operação de fato ocorra.

Lojas Renner (LREN3)

Por fim, as ações da Lojas Renner tiveram uma perda mensal de 14,42% em maio, diante de uma perspectiva maior para juros elevados. Além disso, os desdobramentos em relação às enchentes no Rio Grande do Sul também podem ter movimentado a ação durante o mês.

Os analistas continuam revendo suas análises em relação às ações de empresas como a Renner. A XP Investimentos, por exemplo, decidiu baixar sua recomendação para os papéis, passando de compra para neutra.

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João Vitor Jacintho

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