As ações do Grupo Soma (GSOM3), dono de marcas como Animale, Farm e Foxton, animaram no primeiro dia de negociação na B3 e fecharam negociadas a R$ 11,03, uma alta de 11,40%.
O número reflete a procura pelos papéis da varejista após a realização de sua oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), que levantou R$ 1,823 bilhão, com uma demanda de quase 10 vezes o ofertado. Com isso, o Grupo soma também vendeu os lotes suplementares e irá embolsar R$ 1,35 bilhão para seu caixa.
Analistas do mercado financeiro de casas de análise consideraram o múltiplo da companhia muito elevado, em comparação a outras empresas do mesmo setor, como Lojas Renner (LREN3) e a rede calçadista Arezzo (ARZZ3). A visão dos investidores institucionais foi que a dificuldade das concorrentes poderia abrir uma oportunidade para ganho de mercado e para aquisição de outras marcas.
A empresa também teria se mostrado mais resiliente à pandemia do novo coronavírus. A companhia sinalizou, nas apresentações com investidores, que manteve cerca de 80% de suas vendas totais na crise, mesmo embora tenha ficado restrita ao e-commerce.
Grupo Soma registra lucro líquido de R$ 126,8 milhões em 2019
A companhia informou, em prospecto, que registrou um lucro líquido de R$ 126,8 milhões em 2019. Além disso, a varejista reportou uma receita líquida de R$ 1,3 bilhão e um lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda) de R$ 214,5 milhões.
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O Grupo Soma, que nasce no ano de 2010 com a fusão das grifes cariocas Animale e Farm, possui mais de 200 lojas em todo o Brasil voltadas para as classes A e B e outras duas no Estados Unidos.