Ações nos EUA sofrem pior semana em quase 4 meses; S&P 500 cai 1,9%
As ações em Wall Street tiveram sua pior semana em quase quatro meses, após comentários de dirigentes do Federal Reserve (Fed), que sinalizaram que o banco central dos EUA estava ciente das crescentes pressões inflacionárias. O S&P 500 caiu 1,3% nesta sexta-feira (18), acumulando uma perda de 1,9% na semana.
Aproximadamente 90% das ações do índice blue-chip caíram no dia, incluindo ações de grandes bancos e grandes empresas petrolíferas dos Estados Unidos. Além do S&P 500, o Nasdaq Composite fechou o pregão em queda de 0,92%.
Um dos dirigentes do Federal Reserve, James Bullard, disse nesta sexta-feira que espera a primeira alta da taxa básica de juros no final de 2022. A previsão vai contra a visão majoritária entre o membros da instituição, que preveem o primeiro aumento somente em 2023, conforme mostrou o gráfico de pontos divulgado na última quarta-feira.
Em entrevista à rede de notícias CNBC, Bullard, que é presidente da distrital de St. Louis do Fed, disse que o Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês) adotou uma posição mais “hawkish” (mais dura) no encontro deste mês.
Segundo ele, o presidente do Banco Central dos Estados Unidos, Jerome Powell, “abriu oficialmente” o debate sobre o processo de redução de estímulos, conhecido como “tapering”. Com a pandemia chegando ao fim no país, ele considera “natural” que o debate se intensifique.
O dirigente justificou a mudança de postura do Fed com o avanço da inflação, que, de acordo com ele, já era esperado, mas superou as projeções.
Bullard acrescentou que espera contínua melhora do mercado de trabalho, apesar das preocupações com a dificuldade de empresas de encontrarem mão de obra. Para que haja um arrefecimento da escalada dos preços, será necessária mudar a política monetária, na visão dele.
Última cotação do S&P 500
O S&P 500 fechou o pregão da última quinta-feira (17) em queda de 0,04%, aos 4.221,86 pontos.