Ações da Eletrobras sobem 5% com anúncio de programa de demissão
As ações da Eletrobras foram destaque na Bolsa na tarde desta sexta (18), um dia após o anúncio do programa de demissão da companhia. As ações ordinárias subiam 4,98% e as preferenciais, 4,51%.
O programa de demissão será implementado simultaneamente na Holding e nas empresas Eletrobras Cepel, CGTEE, Chesf, Eletronuclear, Eletronorte, Amazonas GT, Eletrosul e Furnas.
O programa de demissão da Eletrobras
A Eletrobras anunciou na última quinta (17) que vai abrir uma nova etapa de seu programa de desligamento de funcionários. Ela será focada nos empregados da área administrativa da empresa e começará no fim de janeiro. A informação foi dada pelo presidente da estatal, Wilson Ferreira Jr, à agência de notícias Reuters.
O programa de desligamento dos funcionários da Eletrobras se chama Programa de Demissão Consensual (PDC). Ele ficará ativo até o fim de fevereiro.
“A saída será consensual e ficará aberta um mês”, afirmou o executivo. Ele disse também que a saída de funcionários não vai prejudicar o desempenho da companhia, pois haverá a implementação de um sistema de gestão (SAP) e de um Centro de Serviços Compartilhados (CSC) para melhorar o processo.
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Ao assumir o comando da Eletrobras, Wilson Ferreira Jr iniciou um processo de enxugamento do quadro de funcionários. Ele implementou novas práticas e conseguiu viabilizar a venda de seis distribuidoras deficitárias da companhia. Ele diz que já tem as contas desse enxugamento.
“Faltam algo entre 1.500 e 2.000 funcionários para [a Eletrobras] ficar eficiente”, declarou à agência.
O enxugamento da Eletrobras
O programa de demissão consensual já estava previsto no Plano Diretor da Eletrobras, anunciado em dezembro do ano passado. Ele visava a saída de 2.187 empregados da companhia. Com isso, estimava uma economia de R$ 574 milhões ao ano. O custo inicial seria de R$ 731 milhões.
Se a estatal empregava 26 mil pessoas em 2016, ela deve chegar ao fim de 2019 com cerca de 14,5 mil. O presidente calcula uma redução no custo da folha de pagamento de 43%, passando de R$ 6,5 bilhões para R$ 3,75 bilhões.
Wilson Ferreira Jr foi indicado pelo ex-presidente Michel Temer ao cargo, em 2016. Ele se manteve à frente da Eletrobras com a chegada de Jair Bolsonaro, encarregado de liderar um processo de capitalização da companhia.