Veja 5 ações que se beneficiam da alta do dólar; Vale (VALE3) e Weg (WEGE3) estão na lista
Diariamente o noticiário informa que o dólar sobe e desce, reagindo a fatores como a incerteza em relação à economia brasileira, crise do coronavírus, falta de reformas estruturantes e tensão no exterior. Neste ano, o câmbio atingiu a máxima em março, sendo negociado a R$ 5,77, e a mínima em junho, abaixo dos R$ 5, cotado a R$ 4,92.
Só no mês de agosto a moeda norte-americana acumula alta de 3,3%. Já no ano de 2021, a valorização do dólar chega a 3,72%.
Apesar da alta do câmbio desanimar alguns turistas de viajarem internacionalmente, a alta o dólar favorece algumas companhias. As mais beneficiadas são aquelas que possuem como principal atividade a exportação, com receitas dolarizadas e custos em reais, como a Vale e Weg.
Confira as cinco ações brasileiras que beneficiam com a alta da moeda. Os gráficos das ações são do Status Invest.
Veja 5 ações que se beneficiam com a alta do dólar
1. Suzano
A Suzano (SUZB3) é a segunda maior produtora de celulose de eucalipto do mundo e a maior fabricante de papéis de impressão da América Latina. A empresa possui diversas marcas e linhas de negócios: não-revestidos, papéis para casa e escritório, revestidos e papel-cartão.
Na análise do analista da Terra Investimentos, Régis Chinchila, a produtora é um grande exemplo de companhia que se beneficia da subida do câmbio. Isso porque suas receitas obtidas no exterior são ampliadas com a alta do dólar.
“A Suzano é um exemplo de exportadora que tende a se beneficiar quando o dólar sobe, pois reflete diretamente no lucro da companhia.”
2. Vale
No setor de mineração, a Vale (VALE3) sofre influências com a movimentação do câmbio, pois também possui receitas em dólar. A companhia é a maior produtora de minério de ferro do mundo e a segunda maior produtora de níquel, sendo responsável também pela produção de minério de manganês, ferro-ligas, cobre, carvão térmico e outros.
“A Valer possui operações ao redor do globo, porém suas minas de minério de ferro são mais concentradas no Brasil e uma das maiores exportadora de minério para China”, disse Chinchila.
Isso significa que grande parte dos custos da empresa são em reais, enquanto seus ganhos ao redor do mundo se beneficiam da apreciação do dólar.
3. Embraer
Segundo o analista, a Embraer (EMBR3) é uma das maiores empresas beneficiadas com a alta valorização do dólar, com aproximadamente 90% de sua receita proveniente de exportações, enquanto a parte do custo em dólar é um pouco menor (cerca de 75%).
“Além disso, apesar de grande parte de sua dívida denominada na moeda norte-americana, ela está praticamente 100% ‘protegida’ por aplicações de caixa e operações com derivativos, logo, a valorização tem efeito nulo sobre as operações financeiras da companhia.”
4. JBS
Já no setor de frigoríficos, uma das empresas que colhem os efeitos da alta do dólar via exportação de proteína é a JBS (JBSS3).
As principais atividades do grupo são produção, distribuição, comercialização e exportação de carne bovina processada, congelada e fresca, aves de capoeira, suínos e seus subprodutos.
Além disso, atua no processamento de carne de vaca, porco, frango e também produz valor acrescentado e produtos alimentares de conveniência. As margens nos EUA continuam aumentando e gerando caixa para empresa.
5. WEG
A Weg (WEGE3) é uma multinacional que produz equipamentos eletro-industriais, tintas e verniz para construção civil e automóveis e atua na geração, transmissão e distribuição de energia (alternadores, placas de energia, turbinas) também é beneficiada com a alta da moeda norte-americana.
“A Weg é famosa por ter bons resultados mesmo em tempos difíceis. Essa empresa tem uma vantagem competitiva que é muito importante mencionar: 56% da sua receita vem de exportações e operações no exterior. Ou seja: a valorização do dólar é muito interessante para a Weg e para os seus investidores”, completou o analista.