As ações do Pão de Açúcar, controlado pelo GPA, (PCAR3) dispararam 14,8% nesta quinta-feira (10) e fecharam cotadas a R$ 71,35, um dia após a notícias de que a companhia estaria estudando a cisão do Assaí e a preparação para listagem da unidade de atacarejo.
As ações do Pão de Açúcar, que chegaram a operar com valorização de 19%, responderam bem ao anúncio de que o conselho de administração do GPA autorizou o estudo do Assaí, que vem ganhando espaço dentro das operações da holding.
O grupo também informou que irá avaliar a listagem da unidade de atacarejo na B3 e também de seus American Depositary Receipt (ADRs) na Bolsa de Valores de Nova York (Nyse). A operação não configura um oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), visto que não haverá uma venda de papéis no mercado para capitalização.
A expectativa é de que, com o processo de cisão, os segmentos de varejo e de atacarejo comecem a operar de maneira independente. Com isso, as ações do Pão de Açúcar passe a serem negociadas com um valuation em concordância com o potencial de cada um de seus ativos.
“O propósito da potencial transação é liberar o pleno potencial dos negócios de cash & carry e varejo tradicional da companhia, permitindo que operem de forma autônoma, com administração separada e foco nos seus respectivos modelos de negócios e oportunidades de mercado”, comunicou o GPA.
Ações do Pão de Açúcar refletem expectativa de protagonismo
A cisão das operações do Assaí e do GPA teria com intento dar protagonismo a cada um dos negócios. De acordo com os executivos do grupo, a decisão deve “liberar valores” para ambas as empresas que resultarem da separação.
Para o vice-presidente do conselho de administração, Ronaldo Iabrudi, a tese de investimentos da cisão é a possibilidade de melhor alocação de recursos e a possibilidade de dar mais visibilidade a cada uma das operações.
“Ao final, teremos duas operações independentes. A alocação de recursos será mais eficiente. Ambas terão acesso ao mercado”, afirmou Iabrudi. “Tem investidores que dizem que o Assaí sozinho vale alguns bilhões de reais”, acrescentou. O executivo ainda pontuou que o Assai e o Grupo Pão de Açúcar têm “poucas sinergias, para não dizer nenhuma”.
Com informações do Estadão Conteúdo