A estreia do Grupo Mateus (GMAT3) na Bolsa foi cercada de expectativa e, por isso, foi segunda maior abertura de capital de 2020. Com R$ 4,5 bilhões em caixa para expandir a sua operação, a varejista correu para comprar terrenos para ampliar a presença nas regiões Norte e Nordeste.
Mas de lá para cá, a situação econômica mudou bastante, com inflação e juros em alta. Por causa disso, parte do mercado passou a enxergar com reticência a expansão acelerada da varejista. Prova disso é que as ações do Grupo Mateus estão sendo negociadas com um desconto bem acima de parte do setor. Em 2022, os papéis da empresa perderam 30% – em 12 meses, a redução é de quase 50%, a R$ 4,06.
Alguns analistas começaram a revisar sua expectativa para o negócio. O BB Investimentos, por exemplo, reduziu o preço-alvo de R$ 6,60 para R$ 5,70. Mesmo assim, representa 40% a mais do que o preço atual, mas com um desconto de 36% em relação ao IPO.
Ainda assim, há otimismo sobre o Grupo Mateus. “A empresa fez contratações de bons executivos para realizar a expansão, o que mitiga o risco”, diz Danniela Eiger, chefe da área de Research da XP, que recomenda a compra dos papéis, com preço-alvo de R$ 9.
Grupo Mateus lucra R$ 199 milhões no 1T22
O Grupo Mateus encerrou o primeiro trimestre deste ano(1T22) com lucro líquido de R$ 199 milhões, alta de 27,2% na comparação com mesmo período no ano passado.
Além disso, a companhia abriu 16 lojas no período, das quais, 11 unidades foram inauguradas em cidades em que o Grupo Mateus ainda não estava presente.
A receita líquida cresceu 36,2% na comparação anual e totalizou R$ 4,6 bilhões. O indicador foi beneficiado com a abertura de mais lojas e a maturação de unidades a mais tempo em operação.
O Ebitda (lucro antes de impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 262 milhões no 1T22, crescimento de 25,2% sobre o mesmo período no ano passado.
Cotação
Agora, por volta das 11h, as ações do Grupo Mateus apresentam queda de 4,19%, negociadas a R$ 3,88.
(Com informações do Estadão Conteúdo)