Analistas do BTG Pactual (BPAC11) reiteraram otimismo com as ações da XP (XPBR31), mantendo recomendação de compra para os papéis após se reunir com executivos da companhia.
O preço-alvo para as ações da XP é de US$ 32 – para os papéis listados nos EUA – implicando em uma apreciação de 20%.
“Os resultados mostram claramente uma recuperação, e a administração está confiante de que o ROE sustentável/recorrente está mais próximo de 30% (contra vinte e poucos anos, atualmente). Durante as reuniões, o CFO abordou um multiplicidade de tópicos-chave, lançando luz sobre a resposta da companhia aos desafios mais recentes, gestão de custos, mudanças na dinâmica do mercado, posicionamento estratégico em diversos clientes segmentos, concorrência e retornos aos acionistas”, destacam os especialistas.
“Embora o ambiente atual ainda prejudica o apetite de risco dos investidores de varejo, especialmente “risco Brasil”, preocupações fiscais e taxas de juros, há um grande pipeline no mercado de capitais aguardando as condições certas (vento favorável para XP)”, completa.
Além disso, os analistas destacam que com o índice de vendas cruzadas superior a 1,55 produtos por cliente, a gestão reconhece o potencial para capitalizar o seu substancial AuC (Ativos sob Custória).
“A equipe de vendas da empresa está trabalhando ativamente para agilizar processos e melhorar a experiência do usuário, ao mesmo tempo em que explora maneiras de oferecer soluções sob medida que atendem a diversos segmentos”.
O antes e depois do IPO da XP
Segundo especialistas da casa, antes do IPO, a XP tinha um balanço muito mais simples e o negócio estava quase totalmente “focado em P&L”.
Mas isso mudou à medida que novos negócios surgiram e ganharam relevância (como cartões de crédito, crédito, swaps de derivativos, etc.).
“Embora isso acrescente mais resiliência ao modelo de negócios, requer inerentemente mais capital. A XP ainda deve decidir sobre sua política de dividendos, mas distribuirá qualquer geração de caixa para otimizar sua alocação/estrutura de capital“, diz a casa.
“Com um ROE atual de 22%, visando um índice de Basileia III de 15% deixaria um superávit de capital (caixa) de R$ 6 bilhões. No entanto, é mais provável que o XP operar com um índice de capital próximo de 18-20% no longo prazo“, completam sobre a XP.