Em mais um dia de recuperação do Ibovespa após uma semana marcada por mais circuit breakers, o principal índice da bolsa de valores de São Paulo (B3) opera em alta nesta sexta-feira (2), com destaque para as valorizações das empresas do setor aéreo e de turismo, que sobem cerca de 20%.
Na semana passada esses setores foram os mais atingidos pelas preocupações dos agentes do mercado financeiro acerca das implicações que o coronavírus (covid-19) deve trazer à economia global.
Com a restrição de circulação de pessoas imposta por diversos países, inclusive o Brasil, essas empresas devem ter os balanços afetados dado a queda da demanda.
Agora, com o anúncio das primeiras medidas para o setor de aviação e a expectativa para que novas providências para o setor de turismo, as ações relacionadas sobem.
Próximo das 11h30 (de Brasília), as ações da Azul (AZUL4) tinham alta de 24%, cotada a R$ 14,91, liderando as altas do Ibovespa. Os papéis da Gol (GOLL4) e da CVC (CVCB3) subiam 20% e 14%, cotados a R$ 7,54 e R$ 7,45 respectivamente.
MP socorre setor aéreo no Brasil após impactos
O governo federal anunciou na quarta-feira (18) uma Medida Provisória (MP) que tem como objetivo preservar as companhias aéreas dos impactos causados pela pandemia de coronavírus (covid-19).
A MP de “socorro às aéreas” dará mais tempo para que as companhias devolvam aos clientes o valor das passagens que foram canceladas por conta do coronavírus.
Com isso, as empresas terão até 12 meses para reembolsar os passageiros. A medida busca preservar o caixa das aéreas. Além disso, as outorgas de aeroportos concedidos também serão postergadas e a suspensão de tarifas aeroportuárias.
O projeto também contará com o auxilio das linhas de crédito dos bancos públicos que darão suporte de liquidez para as aéreas.
Setor de turismo também deverá ter MP
Além do auxilio ao setor aéreo, o governo também prevê uma MP para auxiliar o setor de turismo brasileiro que perdeu cerca de R$ 2,2 bilhões, por causa da crise do coronavírus.
A MP tem o objetivo de diminuir os impactos negativos da pandemia, como por exemplo, o possível fechamento das empresas do setor de turismo.
“Isso evitará muito a quebra de empresas por falta de capital de giro e evitaria também o desemprego”. Informou o ministro de turismo, Marcelo Álvaro Antônio.