Nesta quinta (11), a companhia aérea Azul (AZUL4) divulgou seu balanço do terceiro trimestre de 2021, apresentando prejuízo líquido de R$ 2,2 bilhões. Apesar do número negativo, especialistas comentam que a empresa apresentou resultados robustos. Isso se reflete no preço de suas ações no Ibovespa hoje, que chegaram a decolar mais de 12% no período da tarde.
As ações da Azul fecharam com alta de 9,83%, cotadas a R$ 29,05.
Apesar do prejuízo bilionário, o Itaú BBA acredita que a “Azul reportou resultados sólidos no 3T21, conforme antecipado, com dados operacionais divulgados anteriormente definindo o tom”. Os especialistas destacam que “o custo por assento caiu 13,5% na comparação trimestral e 19,6% desconsiderando combustíveis, com maior diluição de custos fixos, indicando que a alavancagem operacional vai melhorar com a demanda”.
Em seu relatório, o Itaú BBA faz recomendação neutra para compra de ações da Azul, definindo preço-alvo em R$ 41, potencial de alta de 55,1%.
“A posição de liquidez foi plana no trimestre, e continuaremos monitorando a posição financeira da Azul”, dizem os analistas do Itaú.
Atrás dos papéis da Azul no índice da B3 (B3SA3) de hoje estão o Banco Pan (BPAN4), com variação de 9,30%, e Yduqs (YDUQ3), com 9,27%. Em seguida vem o Méliuz (Cash3), com 8,79%. Os valores foram registrados às 14:06.
Veja o resultado da Azul no 3T21
O resultado da Azul no 3T21 foi divulgado em balanço enviado hoje à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). No critério ajustado, a aérea reportou prejuízo líquido de R$ 766,2 milhões.
O balanço foi pressionado pela desvalorização do real, que gerou perda de R$ 1,5 bilhão com aumento de dívidas em dólar, elevando preço dos combustíveis e custos de manutenção.
A geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) alcançou R$ 485,6 milhões no terceiro trimestre, ante R$ 198,3 milhões em igual período de 2020. Com isso, a companhia encerrou o período com margem Ebitda de 17,9%, queda de 6,7 pontos porcentuais na comparação anual.
A receita líquida total da Azul alcançou R$ 2,71 bilhões de julho a setembro, um aumento significativo em relação aos R$ 805,3 milhões registrados em igual intervalo do ano passado.