Ações da CSN (CSNA3) sobem com possibilidade aquisição de R$ 1,2 bilhão
As ações da CSN (CSNA3) operam em alta no pregão desta quarta-feira (9), após a companhia confirmar que negocia a compra de uma cimenteira no Nordeste. Segundo o jornal Valor Econômico, trata-se da Cimento Elizabeth, com fábrica na Paraíba. O negócio custaria à empresa de US$ 200 milhões a US$ 250 milhões (cerca de R$ 1,2 bilhão na cotação atual).
Em fato relevante, a CSN disse que “existem tratativas a respeito, sem que haja, até o momento, documento vinculante acerca de tal aquisição“. Mesmo sem confirmar o nome da cimenteira, os papéis da companhia avançam quase 2% na B3, a R$ 44,66, por volta das 12h35.
A Cimento Elizabeth pertence à gestora Farallon, de Daniel Goldberg. O executivo, que também faz parte do Conselho do Nubank, recebeu o ativo em 2020 em pagamento de dívidas da família Crispin, dona da Cerâmica Elizabeth.
De acordo com o jornal, a aquisição é considerada estratégica para a vertente de cimentos da CSN, que está em vias de realizar sua oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) na Bolsa brasileira. Por consequência, a companhia abriria suas operações no Nordeste, já que atualmente as atividades se concentram em Minas Gerais e Rio de Janeiro.
O Valor reportou que a CSN tem 20 dias para fechar o negócio. Após esse período, a Farallon abrirá um processo competitivo para a venda da cimenteira. A companhia diz que manterá o mercado e os acionistas informados.
CSN formaliza pedido de IPO de divisão de cimentos
Em meados do mês passado, a CSN formalizou seu pedido de IPO da CSN Cimentos, sua controlada. A informação foi divulgada por meio de um fato relevante e diz que a operação já foi aprovada em Assembleia Geral Extraordinária (AGE).
A CSN Cimentos deve ser listada no Nível 2 de governança corporativa da Bolsa de Valores de São Paulo (B3). Ainda não foram divulgados os termos e condições do IPO, como a quantidade de ações a serem ofertadas, preço por ação e datas do processo de abertura de capital.
Com isso, a CSN procura vender parte de mais um de seus negócios, como fez com a CSN Mineração (CMIN3) em fevereiro deste ano, em busca de captar recursos e melhorar seu balanço. Com a operação, a controladora captou R$ 4,96 bilhões em meio a um bom momento do minério de ferro no comércio internacional.