Após divulgar nesta segunda-feira (17) os resultados de seu índice de varejo, a Cielo (CIEL3) despontou como a maior alta do Ibovespa do dia.
As ações da Cielo fecharam com alta de 4,95%, avaliadas em R$ 2,12.
Em seu relatório sobre o Índice Cielo de Varejo Ampliado (ICVA) em dezembro, a companhia mostrou que no último mês houve expansão da demanda. O crescimento no período foi de 3,0% ante dezembro de 2020, descontada a inflação. Já em 2021, o indicador fechou com alta de 0,8%, também descontada a inflação.
Os dados foram suficientes para melhorar o apetite pelos papéis da empresa, que registram perdas de 40,25% em 12 meses.
Segundo dados do Forecast do StatusInvest, que considera a recomendação de 13 instituições financeiras, 10 delas têm avaliação neutra sobre as ações da Cielo. Apenas uma casa recomenda compra, enquanto outras duas recomendam venda.
A mediana das estimativas aponta para o papel valendo R$ 2,70, uma potencial valorização de 27,3% frente aos atuais R$ 2,12.
Setor de maquininhas, com Cielo e Getnet, perde R$ 160 bi na Bolsa
As empresas de maquininhas de cartões – como Cielo (CIEL3) e Getnet (GETT11) – não tiveram um bom ano na Bolsa brasileira: o setor perdeu quase R$ 160 bilhões em valor de mercado, de acordo com dados compilados pelo Broadcast.
Entre os motivos está o uso do Pix, que é visto como um dos maiores obstáculos, além do aumento dos juros e a alta competitividade.
A realidade do mercado atual é bem diferente da vista no começo dos anos 2010, quando o mercado era dominado pela Rede, do Itaú (ITUB4), e a Cielo (CIEL3). Hoje, são mais de 30 credenciadoras e 200 subcredenciadoras disputando a preferência de lojistas e clientes – que, desde o ano passado, ganharam o Pix como opção mais barata de transferências e pagamentos.
Já o juro afeta esses negócios porque os custos de operações como adiantamento de recebíveis, indexados ao CDI, variam com a taxa básica de juros, que subiu quase 6 pontos porcentuais desde o início do ano.
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