Ações de bancos são investimentos defensivos em 2022, defende BTG Pactual

Em relatório recente aos seus clientes, o banco BTG Pactual avalia que as ações de bancos e instituições financeiras são investimentos defensivos no atual cenário econômico, principalmente se consideradas as atrativas avaliações financeiras, perspectiva decente de rendimentos, bem como a inércia favorável, após a melhora do setor na segunda metade de 2021.

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“Grandes bancos no Brasil tem conhecimento e habilidade para atuar em cenários adversos, e as ações podem se beneficiar se os bancos americanos sobreperformarem, no caso de o Fed elevar as taxas de juros antes do esperado”, aponta o texto assinado pelos analistas Eduardo Rosman, Ricardo Buchpiguel e Thiago Paura

Em especial, o texto destaca os papeis não só dos incumbentes Itaú Unibanco (ITUB4) e B3 (B3SA3), com “avaliações historicamente descontadas”, mas também do Banco do Brasil (BBAS3) e Bradesco (BBDC4), como “alternativas baratas”.

O BTG também destaca a Porto Seguro (PSSA3) no segmento de seguros e o Banco ABC (ABCB4) entre as small caps.

De acordo com o texto, desta semana, enquanto nomes como Nubank, Stone, PagSeguro e XP Investimentos despertam interesse nos Estados Unidos, o interesse em bancos continua baixo.

Entre os fatores, as preocupações com o cenário competitivo seguem firmes e o mau-humor com o cenário macroeconômico brasileiro não poderia ser pior. “A turbulência recente na Turquia levou o mercado a apontar que as coisas sempre podem piorar no Brasil também”, afirma o relatório.

Apesar de muitos investidores americanos concordarem que as ações de bancos no Brasil são atraentes, é improvável que haja um aumento do apetite de compra a menos que o cenário macroeconômico melhore significativamente: com a queda da inflação, das taxas de juros de longo prazo, ou uma definição sobre as eleições presidenciais.

“Muitos avaliam que não há necessidade de comprar mais ações brasileiras, uma vez que os retornos do País são pequenos em comparação à sua complexidade.”

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Perspectivas dos bancos para 2022

Entre os destaques, o BTG espera que o Itaú Unibanco registre um resultado líquido de R$ 6,9 bilhões no quarto trimestre de 2021, ou seja, um  aumento de 1,2% em relação ao terceiro trimestre do ano, bem como um retorno sobre patrimônio (ROE, na sigla em inglês) de 19,7%.

“Mesmo que 2022 possa ser um ano difícil, dado o cenário político e o macroambiente desafiador, este não deve ser um ano ruim para o Itaú”, destaca sobre os bancos. “Desde a metade de 2021, o Itaú tem sido mais seletivo na concessão de crédito, sem que isso afete o crescimento.”

Sobre o Bradesco, o relatório destaca um lucro líquido de R$ 6,9 bilhões no quarto trimestre de 2021, avanço de 1,5% em relação ao período anterior e um ROE de 18,6%.

“Vale lembrar que o Bradesco colocou um tom positivo durante o investor day em Novembro: com o crescimento do resultado acima da inflação, recuperação no segmento de seguros e expansão do portfolio de crédito acima dos dois dígitos, além do controle de custos”, reforça.

Entre os bancos, o documento também aponta que o Santander (BCSA34), deve ter um bom último trimestre em 2021, com a inclusão de novos clientes e aumento da fidelidade dos atuais.

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Pedro Caramuru

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