As ações da Americanas (AMER3) encerraram a sessão desta terça-feira (4) em queda de 12,20%, cotadas a R$ 0,36. Na mínima diária, a ação atingiu a menor cotação de sua história, no valor de R$ 0,34.
Ao atingir sua mínima histórica, as ações da Americanas acumulam uma queda superior a 97% desde o momento em que a empresa divulgou a identificação de inconsistências contábeis na casa dos R$ 20 bilhões.
Esse anúncio, realizado em 11 de janeiro do ano passado, foi o ponto inicial da derrocada da cotação das ações AMER3 na Bolsa de Valores brasileira.
Antes dessa queda superior a 97%, o valor de mercado da companhia era da ordem de R$ 10,8 bilhões, enquanto o montante atual é de aproximadamente R$ 315,8 milhões.
Embora isso tenha acontecido no início de 2023, a ação da Americanas continuou em queda ainda em 2024, após novos desdobramentos da situação da companhia. Considerando sua cotação mínima, a desvalorização acumulada neste ano é de 60%.
Por outro lado, a cotação mínima histórica foi alcançada após uma nova forte sequência negativa do papel. Somente nos últimos 5 pregões, a queda acumulada foi de 38%.
Aumento de capital e grupamento de ações da Americanas
Na busca de tentar elevar o preço da ação AMER3, no dia 21 de maio de 2024 a Americanas aprovou a realização de um novo grupamento de ações, na razão de 100 para 1. O procedimento entra em vigor a partir do dia 17 de julho.
O grupamento de ações de Americanas teria como intuito enquadrar o preço dos papéis no parâmetro mais alinhado com seus pares e com outras empresas de porte semelhante.
Isso porque, de acordo com regras estabelecidas pela B3 (B3SA3), a cotação das ações deve ser igual ou acima de R$ 1,00.
A Americanas também aprovou um novo aumento de capital da empresa, no valor de pelo menos R$ 12,26 bilhões, podendo alcançar o valor máximo de R$ 40,7 bilhões.