De acordo com a World Steel Association (Worldsteel), a demanda por produtos ligados ao aço deve ter uma queda de 2,4% em 2020, em comparação ao ano passado, para 1,725 bilhão de toneladas. Segundo a Associação, em relatório apresentado nesta quinta-feira (15), a queda é resultante da pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
A Worldsteel, no entanto, ressalta que a nova perspectiva é “muito mais otimista” do que a registrada em junho, pontuando que embora ainda seja esperado um declínio na demanda por aço, ele é muito menor do que o projetado anteriormente.
Segundo o Short Range Outolook (SRO) de outubro, a demanda pelos produtos siderúrgicos em 2021 deve ser de 1.795,1 tolenadas, um aumento de 4,1% sobre o previsto para este ano. A Worldsteel pontua que uma forte recuperação da China mitigará a redução na demanda global em 2020.
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Para o resto do mundo, o relatório diz que a recuperação mostra-se mais forte que o esperado. O resultado parcial, todavia, não eliminará a profunda contração esperada para este ano, seja nas economias desenvolvidas ou nas emergentes. Uma recuperação gradual é estimada a partir do ano que vem.
Sobre tais perspectivas, o presidente do comitê de economia da Worldsteel, Al Remeithi, disse que “a indústria siderúrgica global ultrapassou o ponto mais baixo de demanda para este ano em abril e está se recuperando desde meados de maio”.
Produção e consumo de aço na China
Remeithi pontuou que a recuperação da produção e demanda por aço é desigual entre os países, a depender do sucesso na contenção da pandemia, da estrutura da indústria nacional e das medidas de suporte econômico. Mas, para ele, a China mostrou uma recuperação supreendentemente resiliente.
O movimento chinês no mercado de aço desde o ponto mais intenso da pandemia contribuiu para uma grande revisão em alta da estimativa do crescimento global neste ano. “No resto do mundo, veremos uma forte contração da demanda por aço, tanto nas economias desenvolvidas quanto nas em desenvolvimento”, disse.
“Esta crise tem sido particularmente desafiadora para as economias em desenvolvimento, que continuam a lutar contra o vírus descontrolado, os preços baixos das commodities e as quedas nas exportações e no turismo”, destacou Remeithi.
Segundo o executivo, é esperado um crescimento de 8% na demanda por aço por parte da China em 2020, “auxiliada por estímulos de infraestrutura do governo e um forte mercado imobiliário”. Para o ano que vem, a projeção é que a procura pela commodity permaneça estável.
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