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Entenda impactos no mercado de aço e alumínio após taxação dos EUA

Aço

Foto: Unsplash

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou a imposição de tarifas de 25% sobre as importações de aço e alumínio pelo país. A medida, que entra em vigor no início de março, busca proteger a indústria siderúrgica americana, mas, segundo o Goldman Sachs, também pode gerar pressão inflacionária sobre setores que dependem desses insumos.

A casa destaca que os Estados Unidos dependem significativamente de importações de aço e alumínio para atender sua demanda interna.

No caso do alumínio, cerca de 85% do consumo nacional é suprido por importações, sendo 70% dessas oriundas do Canadá.

Já as importações de aço representam aproximadamente 15% da demanda anual, com a maioria das remessas vindo de países que até então tinham isenção da tarifa S232, como Canadá, Brasil, México e também a União Europeia.

Com a remoção das isenções tarifárias, a previsão do Goldman Sachs é a de que os preços do aço subam para manter a continuidade das importações e aumentar a taxa de utilização das usinas siderúrgicas norte-americanas.

Os analistas explicam que, embora haja capacidade ociosa na produção de aço nos EUA, diversos fatores limitam a substituição total das importações por produção interna. Em 2021, mesmo com os preços do aço triplicando, a taxa de utilização das usinas siderúrgicas americanas não ultrapassou 85%, relembra a casa.

No caso do alumínio, segundo análise do Goldman Sachs, espera-se que o prêmio do Midwest nos EUA suba para US$ 1.036 por tonelada, mais que o dobro da média registrada em janeiro de 2025 (US$ 529/t).

Já para o aço, a previsão é que o preço doméstico do HRC (aço laminado a quente) reflita integralmente o aumento de 25% na tarifa. Atualmente, os futuros do HRC para dezembro estão cotados a US$ 862/tonelada curta, um aumento de apenas 18% em relação ao último índice CRU (US$ 728/st), o que sugere um potencial de alta adicional.

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