Acionistas ativistas querem que a Alphabet, empresa que detém participações maioritárias sobre o Google, se desmembre. Com isso, a empresa não teria que aguardar que reguladores obrigassem a companhia a se dividir.
Um grupo dos Estados Unidos, chamado “SumOfUs”, deve fazer essa proposta na reunião anual de acionistas da Alphabet. Dessa forma, os acionistas objetivam controlar o crescente poder das corporações. A reunião acontece nesta quarta-feira (19) em Sunnyvale, na Califórnia.
Segundo a proposta, as autoridades dos EUA e da União Europeia permanecem preocupadas com o poder de mercado da Alphabet. Isso acontece devido “às restrições impostas aos monopólios”, ainda diz a proposta.
A proposta não tem chances práticas de sucesso, segundo especialistas. Isso porque os dois principais executivos da Alphabet, Larry Page e Sergey Brin, detêm 51,3% dos votos dos acionistas.
No entanto, isso mostra um foco crescente na perspectiva de ações antitruste contra a Alphabet e outras grandes empresas de tecnologia, como Facebook e Amazon, que enfrentam uma reação política e pública sobre questões de privacidade e o poder que elas agora exercem sobre a circulação de informações no mundo.
Mesmo que nenhuma das propostas seja aprovada, o Google pode responder a questões levantadas. A empresa parou de trabalhar em um sistema de busca chinês, chamado “projeto Dragonfly”. O mecanismo foi censurado por Pequim. Além disso, o país reprimiu uso de suas ferramentas de inteligência artificial para armas, após solicitações de funcionários e ativistas externos.
Queda de lucro no primeiro trimestre
Em abril deste ano, a Alphabet, empresa mãe do Google, divulgou o lucro liquido de US$ 6,66 bilhões no primeiro trimestre de 2019. Este número representa uma queda de 29,2% em comparação com o mesmo período de 2019.
O ganho por ação seguiu a tendência e foi de US$ 9,50 para US$ 13,33 em comparação com o ano passado. Por outro lado, a receita somou US$ 36,34 bilhões, avanço de 16,7% na comparação anual. Só a receita de publicidade do Google totalizou US$ 30,72 bilhões, alta de 15,3%.
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