Os papeis da The Walt Disney Company encerraram em alta, nos mercados norte-americano e brasileiro. A alta ocorreu após o anúncio do novo serviço de streaming da companhia, o Disney+, na quinta-feira (11).
A novidade contará com catálogo com produções próprias. Por outro lado, a Netflix obteve baixa nos pregões. Confira abaixo o desempenho da Walt Disney e da concorrente nas bolsas dos Estados Unidos da América (EUA):
- Disney: valorização de 11,52% a US$ 130,06 no fechamento da Bolsa de Nova York (NYSE).
- Netflix: desvalorização de 4,49% a US$ 351,14 no fechamento da Bolsa norte-americana de tecnologia (NASDAQ).
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No Brasil, as companhias são negociadas por meio de Brazilian Depositary Receipts (BDRs), que não equivalem integralmente à uma ação norte-americana. As negociações ocorrem na B3 (Brasil, Bolsa, Balcão):
- Disney (DISB34): alta de 12,51% a R$ 503,72.
- Netflix (NFLX34): baixa de 3,59% a R$ 1.363,26.
A Walt Disney planeja investir US$ 1 bilhão em programação de streaming em 2020. E a companhia não possui expectativas de obter lucro até o fim do ano fiscal de 2024.
A projeção é de que até o período a plataforma possua entre 60 milhões e 90 milhões de consumidores. Dois terços dos assinantes estarão no exterior, segundo estimativas da empresa.
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O novo serviço de streaming
A previsão de lançamento do Disney+ é para 12 de novembro deste ano nos EUA. A Europa Ocidental e a Ásia também recebem o produto até o fim do ano. Enquanto o leste da Europa e a América Latina receberão apenas em 2020.
O serviço custará US$ 7 por mês, e US$ 70 no plano anual. Em paralelo, a Netflix subiu seus preços recentemente, e o plano mais barato sai por US$ 11.
Do catálogo do Disney+, foram anunciados:
- Programação infantil: 13 longas metragens clássicos de animação, e 21 produções da Pixar.
- Programas de televisão: 7,5 mil episódios de programas de televisão.
- Filmes e séries: 25 séries e mais de 100 filmes.
- Produções originais: 34 programas originais e o conteúdo das franquias Marvel e Star Wars.
Segundo o CEO, Bob Iger, a Walt Disney possui vantagem competitiva sobre a concorrente, devido à marca já consolidada. A Netflix ainda está no processo de consolidação.
“Estamos confiantes de que este é um produto que as pessoas vão assinar em massa“, disse Iger à “Bloomberg Television”.
Opinião de analistas
Todavia, analistas que acompanham o movimento das ações do setor desacreditam que o novo serviço de streaming possa ultrapassar a colocação da líder do mercado.
“Não vemos o Disney+ como uma forte alternativa à Netflix. Para começar, o Disney+ vai apresentar conteúdo familiar. Enquanto a Netflix oferece uma gama muito mais ampla”, afirmou Matthew Thornton, analista de tecnologia da consultoria Suntrust.
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“Esperamos que o Disney+ seja o concorrente de streaming mais competitivo da Netflix. Mas ainda não o vemos como uma grande ameaça aos números de assinantes da empresa, considerando a qualidade e quantidade de conteúdo da Netflix, juntamente com a mudança global em direção à transmissão”, opinou o analista da J.P. Morgan, Doug Anmuth, acerca do novo serviço de streaming da Walt Disney.