A ação ordinária da MMX (MMXM3), braço de mineração do grupo X, fundado por Eike Batista, despencou 29,57%, para R$ 18,10, após a 1ª Vara Empresarial da Comarca de Belo Horizonte decretar a falência da subsidiária MMX Sudeste.
A B3 (B3SA3) decidiu paralisar a negociação das ações da MMX a partir de 10h28 de hoje até que fossem informadas as providências que a companhia estava tomando frente ao que fora divulgado, bem como os impactos da decretação.
De acordo com a mineradora, a decisão fundamentou-se em pedido apresentado pelo Administrador Judicial, o qual alegou descumprimento por parte da subsidiária do Plano de Recuperação Judicial.
A controladora disse pretender entrar com recurso no Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais contra a decisão. A companhia informou que, se confirmada, a falência exigiria a reformulação do plano de recuperação judicial da própria MMX.
Além disso, a empresa disse buscar a prestação pelo investidor de instrumento de garantia que assegure o investimento de US$ 50 milhões, observadas as condições do Term Sheet.
Os papéis voltaram a negociar no final do pregão, por volta de 16h10.
MMX Sudeste tem falência decretada por Justiça de MG
A MMX Sudeste teve a falência decretada na noite da última quarta-feira (5), em função do descumprimento do plano de recuperação judicial proposto pela empresa. A falência será publicada no Diário Oficial da União (DOU) na próxima sexta-feira (7).
“Por diversas vezes nos autos os credores e o Administrador Judicial noticiaram o não cumprimento das obrigações impostas no PRJ e seu aditivo o que, por si só, já é suficiente para embasar o decreto de falência”, diz a sentença estabelecida pela juíza Cláudia Helena Batista.
Na visão da magistrada, um novo prazo para a MMX Sudeste “se manifestar apenas agravaria o prejuízo já causado aos credores que há anos tentam receber os créditos que lhe são devidos”.