Ação da Eletrobras (ELET3) despenca 6% no Ibovespa após susto com provisões

A ação da Eletrobras (ELET3) derrete e figura entre as maiores alta do Ibovespa na tarde desta quarta-feira (17), após a estatal reportar um lucro líquido 65,72% menor no terceiro trimestre de 2021, de R$ R$ 964,5 milhões, pressionado por provisões de R$ 9,4 bilhões.

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Por volta de 15h17, a ação ordinária da Eletrobras recuava 6,28% na Bolsa de Valores de São Paulo (B3), a quinta maior queda do Ibovespa no pregão, para R$ 32,38.

Na análise do Goldman Sachs, o destaque do terceiro trimestre foram as provisões bilionárias da elétrica, as quais somaram cerca de 17% da capitalização de mercado da companhia. Do total, R$ 8,9 bilhões são relativos a uma disputa de empréstimo compulsório, incluindo reclassificação do risco de perda de litígios, bem como diferenças temporais no reconhecimento de provisões para valores disputados em casos que contrariam a posição da empresa.

Não ficou claro o que as provisões da Eletrobras contemplam, no entanto o banco notou que não estão relacionadas ao caso Decoradora Roma, no qual recentemente a companhia teve uma decisão favorável.

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O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da estatal no terceiro trimestre alcançou R$ 5,6 bilhões, um aumento de 186,15%, conforme a crise hidrológica levou a maiores preços spot.

Apesar das provisões, GS recomenda compra de Eletrobras

Mesmo com o reconhecimento de provisões pela Eletrobras, o Goldman Sachs manteve a recomendação de compra para ELET3, com preço-alvo de 12 meses de R$ 48. Para a unit ELET6, o target é de R$ 53.

A visão do banco é de que as provisões, além da conclusão do caso Decoradora Roma, sugerem uma limpeza na companhia, o que pode agregar valor.

Além disso, a expectativa é de que o processo de privatização da Eletrobras continue a impulsionar a ação. O próximo passo é a aprovação pelos tribunais de contas; aprovação por acionistas; reestruturação da Eletronuclear e Itaipu; e a definição dos detalhes da oferta pelo Tribunal de Contas da União (TCU). O governo espera finalizar a capitalização no primeiro trimestre de 2022, apesar dos desafios na agenda.

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Arthur Guimarães

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