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Ação da Cielo (CIEL3) lidera maiores altas do Ibovespa após IPCA abaixo do previsto

Cielo teve venda nos EUA que catapultou papéis e fez com que a companhia tivesse a maior alta do Ibovespa - Foto: Divulgação

O Ebitda da Cielo foi de R$ 711,5 milhões no 1T22, um avanço de 16% sobre o mesmo período de 2021, ou de 52,1% em bases recorrentes. - Foto: Divulgação

A ação da Cielo (CIEL3) capitaneia as maiores altas do Ibovespa nesta sexta-feira (8), após o dado da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficar abaixo do esperado.

Por volta de 16h20, a ação da Cielo operava em forte alta de 14,29%, cotada a R$ 2,64. O Ibovespa, índice acionário de referência da Bolsa de Valores de São Paulo (B3), registrava valorização de 2,40%, a 113.241,77 pontos.

A escalada da cotação da Cielo hoje acontece, em meio ao fechamento da curva longa. Por volta de 16h30, o contrato de DI com vencimento em 2023 recuava 0,20%, para 9%. Ambos os futuros para janeiro de 2025 e de 2027 registravam queda de 0,21%, para 9,99% e 10,4%, respectivamente.

O alívio na curva de juros refletiu o aumento de 1,16% do IPCA de setembro ante o avanço de 0,87% em agosto, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado ficou abaixo da mediana positiva de 1,25% das estimativas de ouvidos pelo Projeções Broadcast.

A taxa acumulada pela inflação no ano ficou em 6,90%. Em 12 meses, o resultado foi de 10,25%, dentro das projeções dos analistas, que iam de 10,20% a 10,91%, com mediana de 10,34%.

Camila Abdelmalack, economista-chefe da Veedha Investimentos, chamou atenção para o aumento dos preços dos grupos de habitação, com destaque para a energia elétrica; transporte, em razão da valorização do preços dos combustíveis; e da alimentação em domicílio.

“Tem uma concentração de pressão de preços de gastos de subsistência,” ressaltou a especialista. “Essa inflação afeta principalmente a população mais, que tem uma restrição orçamentário para alocar gastos.”

Cielo negocia com desconto, avalia Genial

Depois de sofrer nos últimos meses, os analistas da Genial Investimentos entenderam que a Cielo tem feito a lição de casa e a ação está subvalorizada.

Segundo relatório da semana passada, a adquirente cancelou contas com prejuízo, cortou custos, melhorou o NPS e elevou a presença na meio da pirâmide.

A perspectiva de curto prazo para o papel reforça a avaliação. O negócio deve se beneficiar da retomada dos volumes financeiros, com a reabertura econômica, do aumento de produtos com antecipação embutidos, do crédito e dos potenciais desinvestimentos em subsidiárias, como a Merchant-e.

A Genial iniciou a cobertura da Cielo com recomendação de compra e um preço-alvo de R$ 3,50 por ação.

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