O governo de Abu Dhabi estuda investir até US$ 1,5 bilhão (cerca de R$ 6,3 bilhões) na oferta pública inicial de ações (IPO) da Saudi Aramco. A informação foi divulgada, nesta terça-feira (26), por fontes familiarizadas para a agência “Bloomberg”.
De acordo com as fontes, o investimento na abertura de capital da Saudi Aramco será realizado por meio de uma ou mais entidades vinculadas ao emirado. Os recursos poderiam contribuir para a abertura de capital da estatal petrolífera saudita que foi postergada anteriormente.
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As pessoas ouvidas pela agência de notícias informaram ainda que executivos da petrolífera estão em negociações com fundos e empresas de Abu Dhabi com o objetivo de avaliar possíveis investimentos.
Na próxima quarta-feira (27), o príncipe herdeiro Mohammed bin Salman fará uma visita oficial a Abu Dhabi. O príncipe foi responsável por autorizar a listagem da petrolífera no início deste mês.
Ainda não se sabe quais estatais participarão do IPO da Aramco. Segundo as fontes, o tamanho do investimento ainda pode passar por alterações.
Na oferta, o governo da Arábia Saudita pretende arrecadar aproximadamente US$ 25 bilhões com a venda de 1,5% de participação da petrolífera. Além disso, segundo divulgados neste mês, a empresa está avaliada entre US$ 1,6 trilhões e US$ 1,7 trilhões.
Estatais chinesas no IPO da Saudi Aramco
De acordo com informações divulgadas pela Bloomberg no início deste mês, empresas estatais chinesas estariam estudando investir entre US$ 5 bilhões e US$ 10 bilhões no IPO da Saudi Aramco.
Saiba mais: Saudi Aramco: Estatais chinesas podem investir até US$ 10 bi em IPO
Entre as partes que participaram de conversas para comprar ações na oferta da petrolífera está a Silk Road Fund, de Pequim. De acordo com a agência, as fontes teria dito que alguns outros fundos chineses ou empresas estatais também poderiam participar.
O presidente da China, Xi Jinping, planeja aumentar a influência política de seu país e retomar rotas comerciais antigas sob a iniciativa “Cinturão e Rota”. Um investimento na Saudi Aramco poderia consolidar os laços com a Arábia Saudita e proporcionaria à China um jeito de lucrar com o aumento dos preços do petróleo.