A AZ Quest, gestora do Fiagro AAZQ11, veio a público nessa segunda (13) se pronunciar sobre a situação com a empresa Stoppe.
Isso pois nesta semana a Polícia Federal deflagrou uma operação com o objetivo de desarticular uma suposta organização criminosa suspeita de vender cerca de R$ 180 milhões em créditos de carbono de áreas da União invadidas ilegalmente, o que afetou a cotação do AAZQ11.
A Stoppe é devedora de direitos creditórios que lastreiam os CRAs, único ativo investido pelo FIDC Caetê – Direitos Creditórios, que compõe o portfólio do AAZQ11.
O Fiagro da AZ Quest é titular de cotas Sênior e Mezanino emitidas por este FIDC.
O foco da operação é a adulteração criminosa de registros públicos, envolvendo a empresa Stoppe Ltda.
Em meio a essas circunstâncias, a gestora do Fundo AAZQ11, que detém cotas do FIDC Caetê e faz investimentos indiretos em Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs), está em constante comunicação com as equipes de gestão e administração do FIDC e a Securitizadora.
O foco é assegurar os direitos dos investidores, contando com o apoio de um escritório de advocacia especializado em recuperação de crédito e investigações criminais.
No anúncio feito ao mercado, a AZ Quest destacou que as operações envolvendo os CRAs não só contam com garantias nos créditos de carbono sob investigação, mas também em imóveis, quotas de sociedades e avais pessoais. Estas garantias estão sendo consideradas para proteger os interesses dos cotistas.
“Pelo que foi possível verificar até o momento um dos cernes da Operação Greenwashing é apurar a adulteração criminosa de registros públicos por agentes públicos, tanto é que entre os mandados cumpridos está o de afastamento de função de diversos funcionários públicos das respectivas funções”, diz o comunicado da AZ Quest.
“Diante das notícias veiculadas sobre a Operação Greenwashing, como investidora do Fundo, titular dos CRAs, estamos em contato, desde a divulgação das primeiras notícias, com a gestora do Fundo e seguimos diligenciando para que todas as providências sejam tomadas de acordo com o Termo de Securitização para a preservação dos direitos dos Titulares dos CRAs, inclusive para que haja o imediato envolvimento de escritório de advocacia que conte com profissionais com notória especialização em recuperação de crédito e investigação criminais”, completa.
Impacto nos ativos do AAZQ11
Quanto aos efeitos nos ativos, tanto a administradora quanto a gestora do FIDC Caetê, fundo no qual o AAZQ11 investe, reportaram uma desvalorização de 50,00% do patrimônio líquido do FIDC.
Esta desvalorização resultou em uma redução estimada de 7,82% no valor patrimonial por cota do AZ QUEST Sole, além de impactar a distribuição de dividendos, que agora se aproxima de R$ 0,015 por mês.
No seu comunicado a gestora do AAZQ11 também informa que ainda que não foi declarado o vencimento antecipado do lastro dos CRAs, o que será objeto de deliberação pelas Assembleia de Titulares de CRAs, ainda a ser realizado
As medidas implementadas pela Administradora, Securitizadora e Gestoras estão focadas no monitoramento dos desenvolvimentos e na análise de ações apropriadas para salvaguardar os interesses do Fiagro AAZQ11 e seus cotistas.
O Fiagro AAZQ11 administra um patrimônio líquido de R$ 226 milhões, com cerca de 64% investido em Certificados de Recebíveis Agrícolas e 34% em cotas de FIDC.