No nosso panorama o destaque fica para os possíveis desdobramentos da medida tomada por Bolsonaro na última semana a respeito da política de preços da Petrobras.
Bolsonaro admitiu que pretende cancelar o reajuste de preços anunciado pela Petrobras, trazendo à tona o fantasma do intervencionismo que havia sido criticado durante sua campanha.
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A decisão por sua vez impactou negativamente as ações da empresa, que caíram cerca de 7% no último pregão, fazendo a estatal perder mais de 30 bilhões de reais em valor de mercado.
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Vale ressaltar que o principal ponto da decisão não é a intervenção na política de preços em si, mas sim a imagem passada ao mercado, de que o posicionamento liberal do novo governo, não é tão liberal assim.
Além disso a decisão também coloca em xeque a permanência de Paulo Guedes no governo na visão de boa parte do mercado, visto que o mesmo já havia dito que não continuaria atuando, caso suas recomendações fossem ignoradas de forma recorrente.
Segundo alguns jornais, Guedes pretende conversar com Bolsonaro amanhã (segunda-feira) sobre a medida, enquanto que Bolsonaro pretende conversar com diretores da Petrobras sobre o motivo do reajuste acima da inflação projetada na terça-feira.
Enquanto isso, no cenário global vemos o início da temporada de resultados do 1º trimestre de 2019 nos Estados Unidos, e nessa semana já devemos ter dados de gigantes como Netflix, IBM e diversos grandes bancos.
Além disso, a China deve liberar dados sobre o PIB no 1º trimestre, informação ansiosamente aguardada pelo mercado que busca maior clareza sobre a real situação da economia do País, e indícios mais claros sobre a desaceleração ou não do gigante asiático.
Essa avaliação é especialmente relevante no momento em que o avanço das negociações sobre o fim da guerra comercial entre EUA e China finalmente parece estar acontecendo.
Nesse contexto, a situação econômica do país pode indicar o quão disposta está Pequim a aceitar os termos de Trump para o fim do embate, que vem causando impactos na economia global e tumultuando o mercado a vários meses.
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