Após resultado, BB Investimentos eleva preço-alvo de Via Varejo (VVAR3)
A Via Varejo (VVAR3) divulgou, na noite da última quarta-feira (11), seu resultado do terceiro trimestre deste ano. A companhia teve um lucro líquido de R$ 590 milhões no período entre julho e setembro, acima do consenso do mercado que era de R$ 88 milhões. Assim, a empresa reverte o prejuízo de R$ 346 milhões do mesmo período do ano passado, e o BB Investimentos viu os resultados com bons olhos.
De acordo com a equity research do Banco do Brasil (BBAS3), os nove primeiros meses do ano para a Via Varejo foram de “robusta aceleração” dentro dos pilares estratégicos traçados no fim do ano passado, que eram:
- Expansão de lojas físicas;
- Desenvolvimento de plataforma de venda omnicanal integrada;
- Aprofundamento do processo de transformação digital.
“Com isso, a companhia avança na sua transformação digital e encurta a distância para seus concorrentes, que já se encontram mais avançados em termos de soluções digitais, tanto para o varejo, quanto para além dele”, salientaram os analistas.
Embora o comércio físico ainda tenha desafios impostos pelo novo coronavírus (Covid-19), sobretudo no que tange a abertura de novas unidades, o BB Investimentos elevou o preço-alvo da Via Varejo de R$ 23,70 para R$ 24,80, e mantiveram a recomendação de compra para os papéis.
Credit Suisse enxerga Via Varejo barata
De acordo com o Credit Suisse, os resultados da Via Varejo foram novamente sólidos. Para o banco, a operadora de Casa Bahia, Pontofrio e Extra.com parece preparada para enfrentar a alta demanda do quarto trimestre, elevando seu estoque para R$ 7 bilhões.
O banco reconheceu que a companhia deu entrada no ecossistema do mercado de forma tardia, “e isso tem certamente um impacto competitivo em relação aos principais players do comércio eletrônico no Brasil”. No entanto, os analistas do Credit Suisse reiteram que esse foi o quarto trimestre consecutivo de bons resultados, coroando a busca da nova direção para reativar vendas e a lucratividade.
A instituição permanece otimista com o desempenho dos papéis da Via Varejo, sobretudo na comparação com seus pares — atualmente, as ações negociam a 0,6 vez o Volume Bruto por Mercadoria (GMV) estimado para 2021. O banco continua com a projeção de outperform, ou seja, desempenho acima da média do mercado, com um preço-alvo de R$ 24.
BTG reitera recomendação de compra e vai reavaliar estimativas
Em relatório publicado nesta manhã, o BTG Pactual (BPAC11) também demonstrou otimismo com os sólidos resultados da Via Varejo. A instituição ressaltou, sobretudo, o crescimento do GMV on-line, que cresceu 219% na comparação anualizada, impulsionado pelo desempenho na operação de marketplace e em 1P.
Segundo o banco, a alavancagem operacional mais do que compensou a margem bruta inferior, de 29,6%. Isso ocorreu por conta das maiores vendas em dinheiro e menor receita de juros.
De acordo com os analistas Luiza Guanais e Gabriel Savi, os resultados da Via Varejo entre julho e setembro sustentam a recomendação de compra para os papéis. Embora ainda permaneçam com um preço-alvo de R$ 13 para os próximos 12 meses, o banco disse que planeja revisar as estimativas para incorporar as novas tendências da empresa, que contemplam a forte migração do off-line para o on-line, além dos investimentos no marketplace.
Última cotação
Por volta das 12h15 desta quinta-feira, as ações da Via Varejo operavam em baixa de 0,80%, negociadas a R$ 18,69 — os papéis da varejista estiveram entre os destaques do Ibovespa no último pregão, enquando o índice acionário fechou em queda.