Braskem (BRKM5) crê que R$ 8,5 bi devem resolver problema em Alagoas
O vice-presidente de finanças, suprimentos e relações Institucionais da Braskem (BRKM5), Pedro Freitas, declarou nesta quarta-feira (11) que os R$ 8,5 bilhões reservados pela Braskem para enfrentamento do problema geológico em Maceió (AL).
Segundo a Braskem, o valor deve ser suficiente para o fechamento da mina e para cobrir todos os gastos relativos a segurança, incluindo a realocação de milhares de famílias.
Diante dos R$ 8,5 bilhões reservados, cerca de R$ 600 milhões já foram desembolsados, assim, R$ 7,9 bilhões ainda aparecem no balanço da Braskem. “Acreditamos que, na frente ligada à segurança das pessoas, que é foco, [a provisão] cobre todos os riscos identificados, informou o vice-presidente.
“Também acreditamos que cobre o fechamento da mina. Mas ainda há duas ações civis públicas do Ministério Público que podem gerar demandas adicionais, então não é possível dizer com 100% de segurança que a maior parte ou tudo está coberto”, concluiu.
Freitas afirmou ainda que a empresa pretende acelerar o programa de realocação de famílias, de forma que os gastos efetivos neste ano totalizem cerca de R$ 1 bilhão. Em 12 meses, a previsão é desembolsar R$ 3,7 bilhões, valor que está reconhecido no passivo circulante da petroquímica.
Além disso, os R$ 4,2 bilhões remanescentes devem ser gastos entre 2022 e 2024, à razão de um terço em cada ano. A Braskem planeja retomar a operação de cloro-soda em Maceió (AL), interrompida no ano passado, na primeira quinzena de dezembro
Braskem tem prejuízo de R$ 1,4 bi no 3T20
A empresa registou prejuízo de R$ 1,413 bilhão no terceiro trimestre de 2020, agravando as perdas de R$ 888 milhões vistas um ano antes. O resultado é explicado principalmente pela provisão adicional referente ao desastre ambiental de Alagoas, no montante de R$ 3,562 bilhões, e do impacto da variação cambial no resultado financeiro sobre a exposição líquida de US$ 2,679 bilhões.
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A receita líquida de vendas da Braskem foi de R$ 15,9 bilhões, alta de 20% na comparação anual. Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) recorrente foi de R$ 3,76 bilhões, alta de 129%. Segundo a empresa, o Ebitda foi beneficiado por maiores volumes de vendas de resinas e químicos no mercado brasileiro e pelos melhores spreads de PE.