Guedes: com dólar a R$ 5,50, não precisamos de tantas reservas internacionais
O atual ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que com o dólar próximo a R$ 5,50, o Brasil não precisa de tantas reservas internacionais. A declaração foi feita nessa sexta-feira (6), enquanto o economista participava do evento Itaú MacroVision.
No entanto, Guedes destacou que o governo não quer ter “muito menos” reservas internacionais. “Queremos ser credor líquido, não vamos queimar reservas”, disse o ministro.
Além disso, o economista comentou sobre a pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Ele apontou que o mundo está passando por um momento difícil e lembrou que “ainda tem desdobramentos políticos acontecendo”.
Suno One: o primeiro passo para alcançar a sua independência financeira. Acesse agora, é gratuito!
Contudo, disse que “é inequívoco que a economia está subindo e a pandemia descendo”.
Sobre a retomada da economia, Guedes destacou que está voltando e ‘V’, comentando sobre a geração de emprego, consumo de energia elétrica e diesel e sobre a arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
Em relação a aprovação do projeto de lei que dá autonomia ao Banco Central (BC), o ministro disse que “é um sinal positivo, mostra que há apoio às reformas estruturantes” e voltou a agradecer ao Senado.
“Há 40 anos defendemos BC independente e conseguimos isso”. “Estamos em momento onde o BC vai mostrar sua importância, por isso o timing é bom”.
Além de reservas internacionais, Guedes fala sobre privatizações
Falando sobre o avanço da agenda de reformas, o ministro destacou que “o plano é conhecido: vamos abrir a economia, avançar com as privatizações“.
“Tivemos muita ajuda até aqui, temos interlocutores que já nos ajudaram e vão continuar ajudando”, completou.
Além disso, o economista apontou que “baixou bastante o barulho institucional e reformas estão voltando”. “O Brasil está finalmente dando uma respirada e mostrando que retomou a agenda”.
Em relação aos estímulos adotados frente a pandemia de coronavírus, o ministro afirmou que alguns poderão ser mantidos, mas não deu muitos detalhes.
“Podemos acelerar as privatizações e transformar em políticas sociais? É o nosso sonho, estamos perseguindo isso”, salientou o ministro durante o evento no qual também destacou as reservas internacionais.