Nokia é escolhida pela Nasa para construir rede celular na Lua
A companhia finlandesa de tecnologia e telecomunicações Nokia anunciou nesta segunda-feira (19) que foi escolhida pela agência espacial dos Estados Unidos Nasa para construir a primeira rede celular na Lua.
A agência norte-americana planeja o retorno de humanos ao satélite natural da Terra para que sejam definidos assentamentos lunares. Desse modo, a Nokia informou que o primeiro sistema de telecomunicação de banda larga sem fio no espaço será montado na superfície lunar no final de 2022, antes que humanos voltem para a Lua.
A Nasa pretende mandar humanos de volta à Lua até o ano de 2024 e trabalhar para uma presença de longo prazo através do programa Artemis.
A companhia finlandesa vai realizar um parceria com a empresa privada de design de naves espaciais Intuitive Machines sediada no estado norte-americano do Texas, com o objetivo de entregar o equipamento na Lua por meio de um módulo lunar.
De acordo com a Nokia, a rede irá de configurar de maneira autônoma e vai estabelecer um sistema de comunicações 4G/LTE no satélite, apesar de o objetivo, no final, seja alterar para uma rede 5G. A estrutura oferecerá aos astronautas a capacidade de se comunicarem por voz e por vídeo, além de permitir a troca de dados biométricos e telemétricos e a implantação e o controle remoto de veículos lunares e outros dispositivos robóticos.
A rede também será projetada para suportar condições extremas de lançamento e pouso lunar e para funcionar no ambiente hostil do espaço. Para isso, será necessário o envio de uma forma extremamente compacta para a Lua, em vista de atender às rígidas restrições de tamanho, peso e energia das cargas espaciais.
Nokia utilizará 4G, mas não perde o 5G de vista
A companhia informou que vai utilizar a rede 4G/LTE, usada mundialmente, ao invés da tecnologia mais recente de 5G, por conta do maior know how sobre a primeira, além da confiabilidade comprovada. A Nokia, no entanto, ainda “buscará aplicações espaciais da tecnologia sucessora do LTE, o 5G”.