“Enquanto não tiver solução melhor, prefiro esse imposto de merda”, diz Guedes sobre CPMF
O atual ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nessa sexta-feira (16), durante um evento online, promovido pela XP, que não desistiu da ideia de criar um imposto sobre transações nos moldes da antiga Contribuição Provisória Movimentação Financeira (CPMF).
Durante o evento, Guedes afirmou que “temos que desonerar o custo do trabalho. Enquanto as pessoas não vierem com uma solução melhor, eu prefiro esse imposto de merda”, comentando sobre CPMF.
Vale destacar que Guedes havia afirmado na última quinta-feira (15) que poderia desistir da ideia de criar um imposto dobre transações. No entanto, hoje, o economista afirmou que não desistiu da criação da “nova CPMF”.
Nesse sentido, ele explicou que deu a informação errada, “preciso me comunicar melhor”, destacou. Segundo o ministro, “há muito ruído, o governo deve se comunicar melhor”.
O economista ainda afirmou que esse imposto está sendo planejado para ser um substituto dos que são cobrados sobre os salários que as empresas pagam aos seus funcionários.
Frente a isso, Guedes salientou: “por que você acha que estamos pensando nessa coisa de merda? Você acha que liberais gostam de criar impostos? De maneira alguma. Só tem uma maneira razoável de pensar, é porque existe um pior funcionando hoje”.
Bolsonaro afirma que nova CPMF será criada apenas se substituir outro imposto
Vale lembrar que o atual presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), já havia dado sinal positivo, em meados de agosto, ao ministro da Economia para o debate do novo tributo, conhecido no Congresso como ‘nova Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras (CPMF)’. No entanto, o mandatário disse que essa medida seria possível se houver substituição, redução ou extinção de outro imposto.
“Não tem aumento de carga tributária. Você pode substituir o imposto. O que falei para o Paulo Guedes: ‘ Você fala CPMF?’ Pode ser o imposto que você quiser. Você tem que ver para o outro lado o que vai deixar de existir. Se vai diminuir a tabela de Imposto de Renda, o percentual, se vai aumentar a isenção, se vai desonerar a folha de pagamento, vai também acabar com o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI)“, disse Bolsonaro enquanto estava em uma padaria em Brasília.
Nas declarações, o presidente salientou que é necessário ouvir a população e o que ela deseja. “Eu falei para ele [Guedes], quando for apresentar a vocês, botar os dois lados da balança; Se o povo não quiser, não vou nem falar do Parlamento, porque nós e o Parlamento somos subordinados ao povo. Se o povo acha que não deve mexer, deixa como está”, afirmou o mandatário sobre a ‘nova CPMF‘