BCE: “há risco de nova onda da covid na Europa, mas manteremos apoio”, diz Lagarde

A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde afirmou nesta quinta-feira (15), durante evento virtual organizado pela CNBC, que possivelmente a Europa enfrentará uma segunda onda de casos de coronavírus (Covid-19), devido aos novos surtos da doença em vários países do continente. Diante disso, a mandatária comentou que o BCE “fará todo o necessário” para apoiar o quadro, caso a situação econômica piore.

Segundo Lagarde, os países da Europa adotaram ações inéditas para mitigar os efeitos causados pela crise da covid-19. Ao passo que o BCE, tomou medidas para estabilizar mercados, controlar riscos e manter o crédito para a economia real.

A presidente declarou que “As ações têm sido bem-sucedidas”. Além disso, ao ser questionada sobre o câmbio do euro, Lagarde apontou que o BCE olha o tema “com atenção”, entretanto preferiu não comentar sobre esse ponto, por não ser o papel do banco central.

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BCE deve aguardar dados econômicos do 3º tri para decidir sobre medidas de estímulo

Além do anúncio feito nesta quinta-feira, os representantes do Banco Central Europeu revelaram na última terça-feira (13) divergências de opinião em relação às negociações sobre estímulos à economia da zona do euro e da inflação.

Segundo o integrante do banco holandês, Klaas Knot, o BCE deve aguardar por mais informações sobre o estado da economia europeia antes de tomar a decisão sobre a necessidade de mais estímulos. Diante disso, os dados do terceiro trimestre serão fundamentais para a avaliação, anunciou.

Em sequência, o comandante do Banco da Espanha, Pablo Hernandez de Cos, informou que a situação econômica da região era “altamente incerta” e que “não há espaço para complacência”.

“Estímulo monetário significativo precisará ser mantido até alcançarmos uma recuperação sólida”, informou Hernandez de Cos. “Além disso, não podemos descartar a possibilidade” de que as medidas existentes “precisem de calibragem ou novas medidas introduzidas”, concluiu.

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O comandante do banco da Espanha também ressaltou que os governos precisam manter a ajuda fiscal por enquanto. “Os danos causados pela retirada prematura das medidas de apoio excederiam o possível custo de mantê-las até que a recuperação mostre sinais de força suficiente”, disse.

Além disso, Knot citou a segunda onda de coronavírus no continente e seus impactos na economia. “Há razões para acreditar que a segunda onda terá impacto menos dramático no crescimento econômico do que a primeira onda. É claro que isso vai achatar a recuperação, mas precisamos de tempo para interpretar isso.”, declarou.

As próximas reuniões de política monetária do BCE ocorrerão em 28 e 29 de outubro.

Com informações do Estadão Conteúdo

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Rafaela La Regina

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