BlackRock registra aumento de 22% do lucro líquido no 3T20, para US$ 1,3 bilhão
A BlackRock (NYSE: BLK) apresentou, na manhã desta terça-feira (13), um lucro líquido de US$ 1,36 bilhão (cerca de R$ 7,62 bilhões) referente ao terceiro trimestre deste ano. No mesmo período do ano passado, a companhia havia reportado um lucro de US$ 1,1 bilhão, montante 22% menor.
No terceiro trimestre, a BlackRock, maior gestora de recursos do mundo, possuía US$ 7,8 trilhões sob gestão. Segundo a empresa, todos os segmentos de negócio, desde Exchange Traded Funds (ETFs) até fundos de investimento ativos, registraram entradas de recursos.
“A Covid-19 mudou muitos setores para melhor e muitos para pior”, afirmou o CEO da gestora, Larry Fink, em entrevista ao jornal “The Wall Street Journal”. “Nosso trabalho é transcender essas questões e ajudar os clientes a atender às suas necessidades de longo prazo.”
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O executivo disse que a companhia está levantando mais capital de varejo à medida que gestores de patrimônio e consultores financeiros usam mais carteiras predefinidas, como os ETFs, que contêm produtos da BlackRock. Os ETFs iShares da BlackRock, como o IVVB11, arrecadaram US$ 41 bilhões de novos investidores durante o período entre julho e setembro, montante em linha com o mesmo período de 2019.
A receita bruta da companhia cresceu 18% na relação anualizada, para US$ 4,37 bilhões. O maior impulsionador do faturamento da companhia, que são as consultorias de investimento, taxas de administração e empréstimos de títulos, cresceram 8%. Tanto receita como lucro vieram acima das expectativas dos analistas de Wall Street.
Outro ponto de destaque do trimestre da BlackRock foi as vendas do software Aladdin, que contempla um conjunto de ferramentas para bancos e instituições financeiras na mensuração de riscos, que aumentaram 9% em comparação com o mesmo período do ano passado.
Crescimento e desafios da BlackRock
Os resultados da BlackRock foram estimulados no terceiro trimestre pela ascensão dos mercados, fomentados em função da alta liquidez fornecida pelos bancos centrais em todo o mundo. O intuito das autoridades monetárias espalhadas pelo planeta era de mitigar os efeitos da pandemia do novo coronavírus. Com a alta dos preços dos ativos financeiros, os gestores também têm maiores receitas, uma vez que abocanham parte dos ganhos por meio de taxa de adminsitração.
O mercado estadunidense está observando de perto como a companhia poderá afastar a ameaça de bancos que planejam aumentar suas operações no segmento de gestão de ativos, bem como grandes rivais como o Vanguard Group.
Por volta das 11h05 desta terça-feira, as ações da BlackRock subiam 3,89% para atingir a máxima histórica, a US$ 638,83. Desde o ponto mais baixo deste ano, registrado em 23 de março, os papéis da gestora já subiram 95%, enquanto no mesmo período o S&P 500 apresentou um retorno de 57%.