Coronavoucher: auxílio ajudou a melhorar a economia do Brasil, diz Banco Mundial
O economista-chefe do Banco Mundial para América Latina e Caribe, Martín Rama, ressaltou nesta sexta-feira (9) a importância do auxílio emergencial, também conhecido por coronavoucher, no Brasil. De acordo com o economista, o benefício ajudou a conter os danos econômicos da crise causada pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19) no País.
O Banco Mundial, através do relatório “O Custo de se Manter Saudável”, relacionou a melhora nas projeções de desempenho do Produto Interno Bruto brasileiro com o coronavoucher, que ajudou a mitigar os efeitos causados pela crise da Covid-19.
De acordo com Rama, o programa de transferência direta de renda acaba se tornando mais rapidamente gasto por parte das pessoas, o que ajudou “enormemente” o país. Além disso, o economista pontuou que a melhora das previsões do País também podem ser relacionadas ao bom desempenho da agricultura e mineração, influenciados pela alta das commodities.
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O economista do Banco Mundial também expressou preocupação em relação a questão fiscal, afinal, de acordo com Rama, não se pode manter por muito tempo os atuais níveis de déficit público, também apontando que o caminho de elevar impostos não é a melhor opção, dada a necessidade de se gerar empregos. Deste modo, é preciso priorizar gastos, reduzindo onde não seria tão necessário no momento, concluiu.
Banco Mundial melhora previsão do PIB brasileiro para queda de 5,4%, ante 8% em 2020
O Banco Mundial divulgou também nesta sexta-feira (9) as atualizações de sua projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2020. De acordo com a nova estimativa, a queda deste ano deve ser de 5,4%, ao passo que a previsão anterior era de 8%.
De acordo com o relatório “O Custo de se Manter Saudável” do Banco Mundial, a previsão do PIB para 2021 também sofreu reajustes positivos, passando de uma expectativa de crescimento de 2,2% para 3%. Além disso, a instituição pontuou que para 2022 a alta deve ser de 2,5%.
A expectativa é que o Brasil passe do quarto pior desempenho projetado para o sexto melhor neste ano, em uma amostragem feita com 26 países da América Latina e Caribe. Entretanto, para o próximo ano, apesar da melhora em sua previsão, o País fica com o quarto pior desempenho, revelaram os dados.
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Além das estimativas feitas do Brasil, o relatório divulgou que outros países tiveram suas projeções econômicas pioradas, como no caso da Argentina (-12,3%), Chile (-6,3%), Colômbia (-7,2%), Bolívia (-7,3%) e México (-10%).
O cenário geral da região, que tinha uma previsão de queda de 7,2%, agora apresenta uma expectativa de baixa de 7,9% em 2020. Enquanto para o próximo ano, foi de 2,8% para 4% a expansão do PIB. E para 2022, o número apresentado foi de crescimento de 2,8% na média dos 26 países, informou o Banco Mundial.