Palavra final é minha ou de Paulo Guedes, diz Bolsonaro
O presidente Jair Bolsonaro afirmou, na última quarta-feira (7), que a palavra final da economia está a cargo dele ou do ministro da pasta, Paulo Guedes. A declaração foi dada durante o evento de lançamento do programa Voo Simples, no Palácio do Planalto.
Bolsonaro elogiou outros ministros de seu governo e deu destaque para Paulo Guedes, a quem disse que tem uma “lealdade mútua”.
“Me surpreende por vezes o mercado por declaração de um ministro ou de um funcionário de segundo escalão falar alguma coisas e aquilo passar a ser uma verdade. Bolsa cai, dólar sobe. A palavra final na Economia não é de uma pessoa, é de duas pessoas: eu e Paulo Guedes. Eu não tomo decisões sem ligar para o respectivo ministro”, afirmou o presidente.
O mandatário também afirmou que o Brasil foi um dos países que melhor protegeu sua economia em meio à pandemia do novo coronavírus (Covid-19), atribuindo o resultado a decisões tomadas por Guedes, como o pagamento do coronavoucher, o auxílio emergencial.
Os elogios ao trabalho do ministro da economia vem à tona após desentendimentos públicos protagonizados por ele com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e o ministro do do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, na última semana.
Embora tenha endossado a atuação de Guedes, Bolsonaro parabenizou o trabalho dos 23 ministros e disse acreditar neles. No discurso, o mandatário elogiou Tarcísio de Freitas, da Infraestrutura, pelo lançamento do programa que desburocratiza processos no setor da aviação.
Bolsonaro havia dito que Paulo Guedes tem a palavra final
O presidente Jair Bolsonaro disse, na última quinta-feira (1), que “segue a linha do Paulo Guedes” e que o ministro tem a palavra final sobre a política econômica. A declaração do mandatário ocorre um dia após o chefe da pasta econômica negar o uso de precatórios para o financiamento do programa social Renda Cidadã.
“A nossa política é livre mercado. Seguir a linha do Paulo Guedes”, disse Bolsonaro em live nas redes sociais. “Paulo Guedes continua 99,9% de confiança comigo. Deixo sempre 1% porque quando eu quero mudar alguma coisinha eu falo com ele (…) Então, ele é o cara da política econômica, tá certo? E a palavra final é dele e ponto final”, salientou o mandatário.
Com informações do Estadão Conteúdo.