Vale (VALE3): Moody’s eleva rating da mineradora destacando ESG

A Moody’s, agência de classificação de risco, elevou, na última quinta-feira (1), o rating da Vale (VALE3) para “Baa3”, com perspectiva estável. A agência destacou as melhorias da mineradora em aspectos ambientais, sociais e de governança corporativa (ESG).

De acordo com a Moody’s, a companhia aprimorou a gestão de risco e a supervisão de governança após o acidente de Brumadinho (MG), em janeiro de 2019, que acabou matando 250 pessoas. A agência diz que a Vale atuou na reparação de afetados, “reduzindo materialmente o risco de um acidente similar no futuro”.

A Moody’s salientou que a mineradora criou um novo padrão de gerenciamento de barragens “alinhado às melhores práticas internacionais”. A agência também destacou a criação das diretorias de Segurança, Excelência Operacional, de Compliance e a adoção de metas ESG.

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Ademais, apesar das implicações financeiras do acidente com a barragem de rejeitos, a Vale conseguiu manter forte liquidez, disse a agência.

“O rating permanece limitado pelo potencial de novas implicações financeiras relacionadas ao acidente de Brumadinho e pelos riscos de segurança ainda presentes em sua estrutura de barragens de rejeitos”, complementou a Moody’s.

Vale possui 10 barragens em nível de emergência

No mesmo dia da divulgação do comunicado da Moody’s, a Vale apresentou um relatório sobre a condição de estabilidade de suas barragens. De um total de 104 estruturas avaliadas, a mineradora informou que 33 não tiveram emissão de Declarações de Condição de Estabilidade (DCE) positiva. Além disso, a comapnhia possui 10 barragens em nível 2 ou 3 de emergência, que são as classificações mais graves.

Quatro desssas 10 barragens, estão no mais alto nível de emergência. São elas: B3/B4, Forquilha I, Forquilha III e Sul Superior. Das barragens que não tiveram DCE positiva, 32 são de operações de minerais ferrosos e uma de metais básicos.

A Vale assegurou que todas as barragens de rejeitos em nível 2 ou 3 de emergência estão situadas em seu plano de descaracterização de barragens. O nível 2 de classificação é atingido quando o resultado das ações adotadas para corrigir uma anomalia na barragem colocado como “não controlada” ou “não extinta”, fazendo com que o local seja inspecionado novamente com mais cautela (inspeções especiais) e intervenções. O nível 3 acontece quando uma barragem fica em situação de ruptura iminente.

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Jader Lazarini

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