Dólar fecha em alta de 1,263%, a R$ 5,47, com exterior arisco
A cotação do dólar hoje anotou a terceira alta seguida, subindo 1,263% nesta terça-feira (22) para R$ 5,4682, em vista da crescente preocupação com o aumento nos casos de coronavírus ao redor do mundo.
O dólar ampliou os ganhos da semana com os mercados internacionais abalados devido à cautela quanto a uma segunda onda de coronavírus e por conta dos riscos à economia dos Estados Unidos em meio a persistentes impactos da pandemia.
Os investidores estiveram atentos à fala do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, em audiência em comitê da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos com um tom mais cauteloso sobre as perspectivas econômicas.
Com isso, confira as notícias que tiveram impacto na cotação do dólar nesta terça-feira:
- Economia dos EUA enfrenta período de incertezas
- Ata do Copom mostra projeções para Selic e inflação
- Rússia deve registrar 2ª vacina contra covid-19
EUA enfrenta período de incertezas, diz Fed
O presidente do Fed afirmou que “o caminho à frente continua sendo altamente incerto”. “É provável que ocorra uma recuperação total apenas quando as pessoas ficarem confiantes de que é seguro voltar a se engajar em uma ampla gama de atividades” com o coronavírus sob controle, pontuou o chairman do banco central dos Estados Unidos, no Comitê de Serviços Financeiros da Câmara dos Deputados.
Powell ainda salientou a necessidade da reabertura da economia dos Estados Unidos diante da crise causada pela pandemia. Para ele, o processo deve ocorrer “de forma sustentável, com o vírus sob controle e uso de máscaras”. A retomada das atividades da sociedade e o combate à covid-19 devem “caminhar juntos”, afirmou o presidente do Fed.
Além disso, o presidente distrital do Fed de Chicago, Charles Evans, afirmou que a economia dos Estados Unidos corre o risco de enfrentar uma recuperação mais longa e lenta, com o perigo maior de um nova recessão, caso o Congresso americano não aprove um pacote fiscal. Sem a medida, “acho que a dinâmica da recessão realmente vai entrar em ação de uma forma muito maior”, afirmou o economista.
Ata do Copom: Selic e inflação
Conforme ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC), a projeção da inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), está em 2,1% para este ano. A projeção considera o cenário híbrido, com a taxa básica de juros da economia (Selic) variável e câmbio frente ao dólar fixo.
Para 2021, a estimativa está em 2,9% e a projeção para 2022 é de 3,3%. Na ata da reunião anterior, de 5 e 6 de agosto, as projeções neste cenário híbrido eram de inflação de 1,9% para 2020, 3,0% para 2021 e 3,4% para 2022.
Ainda de acordo com a ata da reunião do Copom, a autoridade monetária comunicou que a taxa Selic, que permaneceu inalterada em 2,00% ao ano, já estaria perto do nível no qual reduções adicionais poderiam ser acompanhadas de instabilidade nos preços de ativos.
Os membros do colegiado debateram um possível “limite efetivo mínimo” para a taxa Selic e concluíram que esse limite seria “significativamente maior” em economias emergentes do que em países desenvolvidos, por causa da presença de um prêmio de risco.
Rússia pode registrar 2ª vacina contra covid-19
A Rússia espera registrar uma segunda vacina contra o novo coronavírus até o dia 15 de outubro, segundo informações da agência de notícias russa TASS, citando o órgão regulador de segurança do consumidor do país Rospotrebnadzor.
De acordo com o veículo, o imunizante concluiu o estágio inicial de testes em humanos na semana passada e é desenvolvido pelo Instituto Vector. O país foi o primeiro a registrar oficialmente uma vacina que combata o novo coronavírus.
Última cotação do dólar
Assim como o dólar hoje, a moeda americana encerrou a sessão da segunda-feira (21) em alta de 0,433%, cotado em R$ 5,40.
